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Pacheco marca data para instalação de CPMI sobre atos antidemocráticos

Presidente do Senado disse que comissão deve ser instalada no dia 26 de abril

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que CPMI dos atos antidemocráticos deve ser instalada no dia 26 de abril

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta quinta-feira (20) que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai investigar os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro deve ser instalada no próximo dia 26.

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“O que houve foi uma previsão de uma sessão no dia 18, as lideranças do Senado e da Câmara pediram para adiar uma semana. No dia 26 vai acontecer aquilo que deveria ter acontecido no dia 18, que é a leitura da CPMI. Nunca me furtei a isso em qualquer circunstância, considerando que ela preenche os requisitos”, disse Pacheco.

Pacheco avaliou que o Palácio do Planalto deveria ter apoiado a criação da comissão desde o início.

Os parlamentares da base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estavam atuando contra a criação da CPMI, mas mudaram de posição após a revelação de que o General Gonçalves Dias, do GSI, esteve no Palácio do Planalto e teria confraternizado com os vândalos.

“Para efeito da CPMI, não há mudança alguma acho até que o governo deveria ter tido essa postura desde o início, que é uma postura que eu tive, de afirmar a gravidade do 8 de janeiro, das consequências daqueles atos antidemocráticos e que era legítimo ao parlamento fazer as investigações próprias em relação a isso. O governo se colocou contra em primeiro momento, entendendo que os órgãos de persecução criminal estavam agindo, como de fato estão agindo, mas nada impediria que houvesse também uma CPMI para investigação.”, afirmou Pacheco em Londres, após fazer uma palestra para empresários do Lide Brazil Conference.

Um dia depois de líderes do governo pedirem o adiamento da sessão do Congresso que faria a leitura da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas - capitaneada por parlamentares do grupo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) - deputados da própria base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mudaram de posição.

Eles passaram a defender a instalação da CPMI logo após a aparição das imagens de que o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Marco Edson Gonçalves Dias, teria facilitado o trânsito de vândalos no Palácio do Planalto durante os protestos de 8 de janeiro. O ministro pediu exoneração do cargo.

(Com agências)

Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.