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Nova CPI da Lagoa da Pampulha tem sessão com críticas à PBH e trabalhos suspensos

Vereadores participaram de sessão da CPI, mas não escolheram presidente e relator para comissão

Nova CPI da Lagoa da Pampulha teve os trabalhos suspensos por decisão judicial

Em meio a uma disputa judicial sobre o funcionamento da nova CPI da Lagoa da Pampulha, os vereadores da comissão fizeram uma sessão da comissão nesta quinta-feira (20) com críticas à prefeitura de BH, mas sem votações.

Na noite de quarta-feira (19), a Justiça de Belo Horizonte barrou a instalação de uma nova CPI para investigar os contratos da prefeitura com empresas responsáveis pelas ações de despoluição da Lagoa da Pampulha.

A decisão, em caráter liminar, atendeu a um pedido do prefeito Fuad Noman (PSD) e foi publicada nesta quinta-feira (19), pelo juiz Thiago Grazziane Gandra, da 1ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública Municipal da Comarca de Belo Horizonte.

Na decisão, o magistrado diz que a criação de uma nova CPI com o mesmo objeto que a anterior “parece funcionar como burla”.

De acordo com informações do departamento jurídico da casa, vereadores darão início, ainda nesta quinta-feira, a uma ação solicitando o cancelamento da determinação que barrou a abertura da nova CPI. A expectativa é de que a resposta do Tribunal de Justiça chegue até a próxima segunda-feira.

Trabalhos suspensos

O vereador Henrique Braga (PSDB), parlamentar mais velho do grupo, afirmou que a reunião tinha como objetivo escolher presidente e relator, mas que até que seja julgado um recurso da Câmara, os trabalhos da CPI estão suspensos.

“Essa reunião tinha como prioridade a eleição do presidente e do relator para a CPI da Lagoa da Pampulha. Porém, quero ler uma nota da Câmara”, disse o vereador. “Até que seja julgado o mérito dessa liminar, vamos aguardar a decisão judicial e ficam suspensos nossos trabalhos”, continuou.

A nota da CMBH informou que a procuradoria da Casa vai “adotar medidas jurídicas contra a decisão proferida, de modo a assegurar o dever constitucional de fiscalização” da Câmara.

“A cidade de Belo Horizonte merece uma conclusão das investigações sobre a Lagoa da Pampulha e estranha a Prefeitura estar tão empenhada em impedir essas apurações. Ainda assim, a simples ação da Câmara Municipal de Belo Horizonte mostrar que não aceitaria impassível as manobras do Poder Executivo já fez o Prefeito finalmente se mover depois de tanta lentidão, indo encontrar o governador para dizer que o prazo de limpeza foi reduzido de 5 anos para 3 anos sem, no entanto, explicar como isso se dará”, diz a nota da CMBH.

Tem mais de 27 anos de experiência jornalística, como gestor de empresas de comunicação em Minas Gerais. Já foi editor-chefe e apresentador de alguns dos principais telejornais do Estado em emissoras como Record, Band e Alterosa, além de repórter de rede nacional. Foi editor-chefe do Jornal Metro e também trabalhou como assessor de imprensa no Senado Federal, Tribunal de Justiça de Minas Gerais e no Sesc-MG. Na Itatiaia, onde está desde abril de 2023, André é repórter multimídia e apresentador.
Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.