O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nesta quarta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, um projeto de lei que estabelece igualdade salarial para homens e mulheres que exerçam a mesma função no trabalho.
O texto, que foi uma promessa de campanha de Lula, será encaminhado para análise do Congresso.
Na mesma cerimônia, Lula também assinou o projeto que cria o Dia Nacional Marielle Franco, em homenagem à vereadora assassinada em 2018, e decretos que instituem programa de proteção e saúde menstrual e alteram o Bolsa Atleta para garantir direito às gestantes e criam uma cota de 8% da mão de obra para mulheres vítimas de violência.
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“São muitas as formas de violência contra as mulheres e é dever do Estado enfrentar cada uma delas”, afirmou Lula em discurso.
“Nada justifica a desigualdade de gênero, a medicina não explica, a biologia não explica, a anatomia não explica. Talvez a explicação esteja no receio dos homens de serem superados pelas mulheres, é isso que não faz sentido algum”, continuou.
Pouco espaço
O presidente admitiu nesta quarta-feira, 8, que “faltam mais mulheres participando do governo”. Ele afirmou que esse processo “vai avançando na medida em que a sociedade vai avançando e conquistando espaço”, mas avaliou que houve um “retrocesso muito grande” com o impeachment da então presidente Dilma Rousseff, em 2016.
"É um processo que começou em 2003, quando ganhamos as primeiras eleições, que começou com a companheira Dilma Rousseff quando ela ganhou em 2010, mas é um processo que sofreu um retrocesso muito grande a partir do golpe em 2016, com a companheira Dilma Rousseff, que sofreu um golpe ainda maior depois que o coisa foi eleito presidente da República deste país”, afirmou, em relação à eleição do ex-presidente Jair Bolsonaro em 2018.