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PEC da Transição: Alckmin se reúne com parlamentares da Comissão de Orçamento

Vice-presidente eleito tenta costurar apoio para tramitação de uma proposta que garanta valor de R$ 600 do Auxílio Brasil

Alckmin se reuniu, na semana passada, com o presidente da Comissão Mista de Orçamento

O coordenador da equipe de transição e vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), se reúne na noite desta terça-feira (8) com líderes partidários, senadores e deputados federais que integram a Comissão Mista de Orçamento (CMO) para tratar do Orçamento do governo federal para o ano que vem.

Na mesa de negociação está a criação de uma Proposta de Emenda à Constituição, batizada de PEC da Transição, para garantir o pagamento de benefícios sociais - dentre eles a manutenção no valor de R$ 600 mensais para os beneficiários do Auxílio Brasil.

Alckmin já se reuniu com o senador Marcelo Castro (MDB-PI), presidente da CMO, na semana passada, junto a aliados, para tentar viabilizar a proposta e recebeu sinal verde do parlamentar para avançar com as negociações.

Veja também: Auxílio Brasil de R$ 600: como fica o pagamento do benefício no orçamento de 2023

“A preocupação é manter o Bolsa Família de R$ 600 para pagá-lo em janeiro. Para isso, temos a necessidade de ter essa autorização até 15 de dezembro”, disse o vice-presidente eleito na última quinta-feira (3).

“Temos que ver todas as possibilidades que temos para viabilizar o que foi contratado nas urnas. Não podemos entrar em 2023 sem o auxílio emergencial, o aumento do salário mínimo. Acredito que o Congresso terá sensibilidade e está analisando as possibilidades para entregar ao povo brasileiro o que foi contratado no processo eleitoral”, avaliou a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, em coletiva de imprensa na última sexta-feira (4).

‘Pacificado’

Uma das primeiras reuniões de Alckmin em Brasília nesta semana foi com o senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator do Orçamento no Senado. Segundo ele, o pagamento de R$ 600 para o Bolsa Família (como ele mesmo chama o programa de transferência de renda) está “pacificado”.

“Eu tenho uma postura conservadora para fazer o mínimo possível para adaptar e cumprir as demandas do novo governo. Bolsa Família de R$ 600 é coisa pacificada. Não há como essas famílias que estão recebendo esse valor, quando chegar em janeiro receber o cartão lá com só R$ 400. Não tem como. Vamos ter que atender agora neste orçamento”, afirmou.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.