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Governo Lula quer ‘PEC da Transição’ para garantir Auxílio de R$ 600 no ano que vem

Proposta que será submetida ao Congresso Nacional quer garantir despesas fora do teto de gastos para 2023

Alckmin se reuniu com Marcelo Castro, relator do orçamento, no Senado nesta quinta-feira

O relator do projeto do Orçamento para o ano que vem, senador Marcelo Castro (MD-PI), se reuniu com o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB) para negociar a inclusão de propostas do governo Lula no orçamento de 2023.

Uma das propostas da equipe do governo eleito é uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para garantir, por exemplo, o financiamento do Auxílio-Brasil (agora já chamado de Bolsa Família, novamente) de R$ 600. O objetivo da PEC da Transição, como foi batizada, é que essas despesas estejam fora do “teto de gastos” do governo federal.

O Projeto de Lei do Orçamento Anual (PLOA) encaminhada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, ao Congresso Nacional prevê o pagamento de apenas R$ 405 para o Auxílio-Brasil no ano que vem. Para isso, seria preciso garantir uma fonte de financiamento dos outros R$ 195 por beneficiário.

De acordo com Marcelo Castro, as demandas “não cabem no orçamento atual”.

“Chegamos a um entendimento. Não cabe no orçamento atual as demandas que precisamos atender. De comum acordo, vamos levar aos líderes partidários, ao presidente do Senado e da Câmara a ideia de aprovarmos uma PEC em caráter emergencial, de transição, excepcionalizando do teto de gastos despesas que são inadiáveis, como o Bolsa Família no valor de R$ 600", afirmou o relator do orçamento em entrevista coletiva realizada após a reunião com Alckmin.

O vice-presidente eleito disse que os detalhes da proposta serão apresentadas na próxima terça-feira.

“A preocupação é manter o Bolsa Familia de R$ 600 para pagá-lo em janeiro. Para isso, temos a necessidade de ter essa autorização até 15 de dezembro”, disse.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.