A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, nesta quinta-feira (7), a chamada ‘
Operação Desfortuna’ contra influenciadores digitais envolvidos na divulgação de jogos de azar on-line.
Ao todo, 15 influenciadores digitais que utilizam as redes sociais para divulgar o
“Jogo do Tigrinho” e outros jogos semelhantes são investigados. Foram expedidos 31 mandados de busca e apreensão.
Esta não é a primeira que a Polícia Civil age contra
influenciadores envolvidos em promessas enganosas de lucros fáceis e
plataformas de apostas on-line, proibidas no Brasil.
Relembre outras operações e polêmicas recentes contra influencers
Virgínia Fonseca
Virginia Fonseca foi convocada para
depor em novembro de 2024 na CPI das Bets, pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), relatora da comissão. Ela enfrentou diversas críticas nas redes sociais e
perdeu mais de meio milhão de seguidores.
O depoimento repercutiu nas redes sociais após a influenciadora vestir um
moletom com estampa do rosto da filha e
cantar a música ‘jogo do Tigrinho’ na mesma semana em que depôs.
Virginia afirmou que sempre seguiu a legislação vigente, negou a existência da chamada “cláusula da desgraça” em seus contratos (que prevê percentual sobre as perdas dos apostadores).
Deolane Bezerra
A influenciadora Deolane Bezerra também foi indiciada e chegou a ser
presa junto com a sua mãe, Solange Bezerra, e outros 17 suspeitos de participar de um
esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais.
Após a soltura,
Deolane Bezerra e os demais ficaram proibidos de realizarem publicidade de plataformas de jogos de azar ou de fazerem menções a elas em suas redes sociais.
Deolane foi parte da a
operação “Integration”, em que as bets envolvidas no esquema atuavam, inicialmente, no jogo do bicho, que é proibido no Brasil, e aproveitaram o crescimento do mercado de apostas esportivas online.
Rico Melquiades
O influenciador digital Rico Melquíades, conhecido por ser o vencedor do reality show A Fazenda 13, em 2021 também foi
alvo da CPI das Bets. Rico compareceu na condição de testemunha, mas também esteve entre os influenciadores oficialmente convocados pela comissão.
Mas essa não foi a primeira vez que Rico foi alvo de uma operação ligada a promoção de jogos de azar ilegais. Ele foi alvo da
Operação Game Over 2, realizada pela Polícia Civil de Alagoas em janeiro deste ano.
Após a operação, o influenciador assinou um acordo de não persecução penal com o Ministério Público, no qual
confessou os crimes investigados em troca de medidas alternativas ao processo penal.
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Adélia Soares, Jojô Toddynho e Tirulipa
Outros nomes famosos nas redes sociais foram convocados na CPI das Bets, entre eles,
Adélia Soares, Jojô Toddynho e Tirulipa.
Jojo
foi convocada para explicar a relação com a Esportes da Sorte, após uma denúncia do Ministério Público. Já Adélia, ex-BBB e advogada,
foi acusada de ser dona de uma empresa que funcionaria supostamente como fachada para uma organização estrangeira que opera jogos de azar.
Tirullipa,
que foi alvo de uma investigação da Polícia Civil em 2022, também foi convocado para esclarecer a relação com a Betzord e outras plataformas de apostas.