Gusttavo Lima teve a prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) nesta segunda-feira (23). O cantor é investigado por lavagem de dinheiro pela Operação Integration, a mesma que prendeu Deolane Bezerra no início de setembro. A Justiça também pediu a prisão do empresário Boris Maciel Padilha.
O pedido de prisão preventiva de Nivaldo Batista Lima, nome artístico do sertanejo, está em segredo de Justiça, mas foi obtida pelo Diário de Pernambuco e confirmada pela Itatiaia.
O que é a Operação Integration?
Coordenadas pela Polícia Civil de Pernambuco, as investigações da Operação Integration começaram em abril de 2023 e têm como objetivo desmantelar uma organização criminosa acusada de lavagem de capitais. O gatilho foi a apreensão de R$ 180 mil em espécie em dezembro de 2022.
A investigação apontou que os suspeitos movimentaram mais de R$ 3 bilhões em contas correntes, aplicações financeiras e dinheiro em espécie, que seriam provenientes de jogos ilegais. Eles usavam empresas de eventos, publicidades, casas de câmbio e seguros para esconder a origem ilícita dos bens patrimoniais.
O dinheiro era lavado por meio de depósitos fracionados em espécie, transações bancárias entre os investigados, compra de veículos de luxo, aeronaves, embarcações, joias, relógios de luxo e da aquisição de imóveis.
Os alvos da Operação
O principal dia da operação, até agora, foi 4 de setembro, quando a advogada, influenciadora e empresária
Foram cumpridos mais de 19 mandados de prisão, incluindo o de Deolane, e 24 de busca e apreensão em diversos estados brasileiros. Também foram apreendidos 17 carros de luxo, 38 veículos, quatro aviões, sete embarcações e mais de cem imóveis. Foi bloqueado um valor de R$ 3 bilhões das contas dos investigados, que também entregaram passaportes e tiveram os portes de arma suspensos.
No dia seguinte (5), o empresário Darwin Henrique da Silva Filho, dono da
Justiça determina a prisão de Gusttavo Lima
Segundo informações do Diário de Pernambuco, que teve acesso à decisão judicial, Gusttavo Lima entrou na mira da polícia por causa da empresa “Balada Eventos de Produções Ltda”, da qual é sócio-administrador. O empreendimento teria recebido mais de R$ 8 milhões da Esportes da Sorte, cujo dono, o empresário Darwin Henrique da Silva Filho, também foi preso.
A Balada Eventos teria negociado aeronaves com a Esportes da Sorte e outros acusados de integrar o esquema de lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais. Foi bloqueado um valor de R$ 20 milhões das contas da empresa do cantor.
No início de setembro, Gusttavo Lima viajou para a Grécia na companhia de dois investigados por participar do esquema de jogos ilegais. A juíza Andrea Calado da Cruz, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, afirmou que o cantor tem uma relação financeira suspeita com os suspeitos e os ajudou a fugir da polícia. O avião do sertanejo teria os deixado no exterior.
“Esses indícios reforçam a gravidade da situação e a necessidade de uma investigação minuciosa, evidenciando que a conivência de Nivaldo Batista Lima com foragidos”, diz trecho da decisão da magistrada.
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