A Prefeitura de Belo Horizonte confirmou, nesta segunda-feira (14), dois novos casos de infecção pelo
Outras 24 pessoas que tiveram contato com esses casos confirmados estão sendo acompanhadas pelas autoridades.
A investigação dos casos é feita pelo Hospital João XXIII, de gestão da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), com acompanhamento da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA).
Na noite desta segunda-feira (14), SES-MG e a Fhemig informaram que dois dos três pacientes infectados pelo superfungo já tiveram alta, sendo um no dia 20 de setembro e outro no dia 2 de outubro.
O terceiro paciente segue internado Hospital João XXIII. No momento, 22 pacientes estão sendo monitorados na unidade e aguardam resultado dos exames. Todos os casos são assintomáticos.
A secretaria informou que o Candida auris tem alta transmissibilidade e capacidade de colonizar rapidamente a pele do paciente e o ambiente próximo a ele. ‘Assim, é de fundamental importância a prevenção de contato com casos suspeitos’, ressalta.
O Hospital João XXIII segue os protocolos de segurança sanitária em ambiente hospitalar, tomando todas as medidas de controle e manejo necessárias para proteção dos demais pacientes e profissionais da unidade, como higienização das mãos, medidas de precaução de contato (uso de luvas e avental) dos casos suspeitos e testes para detecção de novos casos.
‘A SES-MG monitora os casos suspeitos de infecção pelo fungo Candida auris desde o ano de 2021, logo após o primeiro caso confirmado no país. Desde então, foram notificados 129 casos no estado, sendo três confirmados’.
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O que é o Superfungo Candida auris?
Candida auris é um fungo emergente que representa uma grave ameaça à saúde global e foi identificado pela primeira vez como causador de doença em humanos em 2009, no Japão.
As infecções por C. auris têm surgido em todo o mundo, muitas vezes com alta morbidade e mortalidade associadas. No Brasil, a primeira infecção foi identificada em Salvador, em 2020, durante a
Segundo o Ministério da Saúde, o fungo é ‘tão temido’ por ser resistente aos medicamentos tradicionais utilizados no combate a infecções causadas por outros fungos. Estudos apontam que até 90% dos isolados de C. auris são resistentes a fluconazol, anfotericina B ou equinocandinas, substâncias comumente usadas no tratamento.
A identificação requer métodos laboratoriais específicos, uma vez que C. auris pode ser facilmente confundida com outras espécies de leveduras, tais como Candida haemulonii e Saccharomyces cerevisiae.
Ainda de acordo com o Ministério, é uma doença contagiosa, daí a necessidade de se evitar o contato com os casos suspeitos.
As infecções pelo fungo estão se tornando mais comuns. Em 2023,
A princípio, os casos são assintomáticos e o fungo se manifesta na pele dos pacientes infectados por meio de feridas. O problema, de acordo com o Ministério da Saúde, é quando o fungo consegue acessar a corrente sanguínea, provocando outras infecções invasivas que podem ser fatais, principalmente em pacientes imunocomprometidos ou com comorbidades.
*Sob supervisão de Marina Borges