A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) confirmaram a informação de que esteve internado no Hospital João XXIII um paciente infectado pelo fungo candida auris.
O caso foi notificado ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância Sanitária (Cievs) e o paciente teve alta no último dia 26, mas segue sendo monitorado pelos órgãos competentes do município. A SES não informou o sexo, a idade ou a procedência do paciente.
Por meio de nota, o órgão informou que foram adotados todos os protocolos de segurança sanitária recomendadas para o ambiente hospitalar. “O João XXIII tomou as medidas de controle e manejo necessárias para proteção dos demais pacientes e profissionais da unidade. As medidas incluem testes para detecção de novos casos e isolamento de casos suspeitos”, diz um trecho do comunicado.
Como é a doença e o que se pode fazer?
A princípio, os casos são assintomáticos e o fungo se manifesta na pele dos pacientes infectados por meio de feridas. O problema é quando o fungo consegue acessar a corrente sanguínea, provocando outras infecções invasivas que podem ser fatais, principalmente em pacientes imunocomprometidos ou com comorbidades.
Trata-se de uma doença contagiosa, daí a necessidade de se evitar o contato com os casos suspeitos.
Porque o cândida auris é tão temido?
O fungo Candida auris (C. auris) é considerado uma ameaça à saúde global por ser resistente aos medicamentos, tradicionalmente utilizados no combate a infecções causadas por fungos como o fluconazol, anfotericina B ou equinocandinas.
Ele foi identificado pela primeira vez como causador de doenças em humanos em 2009, no Japão. No Brasil, a primeira infecção foi identificada em Salvador, em 2020, durante a pandemia, quando um paciente internado numa Unidade de Terapia Intensiva teve o diagnóstico confirmado.