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Chegada da primavera pode causar mais alergias; saiba motivos e como se proteger

Essa estação costuma provocar uma instabilidade no clima, com maior variação térmica ao longo do dia e alternância entre chuvas e o tempo seco

Primavera tem mais casos de alergias

A primavera começou na última segunda-feira (22). Essa estação costuma provocar uma instabilidade no clima, com maior variação térmica ao longo do dia e alternância entre chuvas e o tempo seco. Isso pode causar diversos problemas respiratórios e de pele.

Segundo a pneumologista Michele Andreata, os quadros de alergia respiratória, como rinite e asma, aumentam porque há uma “maior concentração de pólen no ar, liberado pelas flores nessa estação”.

“Além disso, a combinação de clima mais seco, poeira e poluição potencializa a irritação das vias respiratórias, favorecendo crises em pessoas predispostas”, explicou.

A mudança nas temperaturas também influencia bastante porque, de acordo com a médica, quando o organismo precisa se adaptar rapidamente de um ambiente quente para outro mais frio, há uma redução momentânea da defesa natural das vias aéreas, o que facilita a entrada de vírus e bactérias.

Sintomas

Nessa época, os sintomas mais comuns são:

  • espirros;
  • coriza;
  • congestão nasal;
  • coceira nos olhos;
  • tosse persistente;
  • falta de ar;
  • chiado no peito (em caso de pacientes asmáticos);
  • dificuldade respiratória (em caso de pacientes asmáticos).

Os sintomas costumam ser confundidos com infecções respiratórias, mas geralmente são relacionados a processos alérgicos nessa estação, ainda conforme a especialista.

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Dicas e cuidados

A especialista recomenda que o público tome medidas preventivas nessa época, sobretudo aqueles que têm histórico de alergias ou doenças respiratórias.

“Manter os ambientes limpos, arejados e livres de poeira acumulada ajuda bastante. Também é importante evitar exposição prolongada a locais com alta concentração de pólen, além de manter a hidratação adequada e seguir corretamente o tratamento prescrito pelo médico para doenças crônicas”, alertou.

A médica também recomendou:

  • lavar roupas e lençóis com frequência;
  • evitar tapetes e cortinas que acumulam poeira;
  • higienizar filtros de ar-condicionado;
  • manter janelas abertas em horários de menor polinização;
  • utilizar óculos de sol para proteger os olhos da irritação causada pelo pólen;
  • em dias de muito vento, reduzir atividades ao ar livre.

“Para quem já possui diagnóstico de rinite ou asma, é essencial manter o uso regular das medicações de controle, conforme orientação médica”, concluiu a médica.

Formada pela PUC Minas, é repórter da editoria de Mundo na Itatiaia. Antes, passou pelo portal R7, da Record.