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Primavera 2025: características da estação, quanto dura e como se preparar

A ‘Estação das Flores’ começou nesta segunda-feira (22) com calor, chuva e ventania em Belo Horizonte

A primavera é conhecida pela variação de temperaturas e chegada das chuvas

A primavera chegou! Iniciada às 15h19 dessa segunda-feira (22), a “Estação das Flores” deu as caras com um dia de muito calor, chuvas isoladas e rajadas de vento de 95 km/h em Belo Horizonte.

Tal situação casa bem com as características da primavera, que, de acordo com o Climatempo, apresenta variações de temperatura, o início das chuvas nas regiões Centro-Oeste, Norte e Sudeste do Brasil, e outras imprevisibilidades que impactam nosso cotidiano.

Características da estação no Brasil

O Climatempo aponta que a primavera traz consigo os temporais de fim de tarde e aumento do calor no país. No Nordeste, porém, a situação é um pouco diferente, pois chove pouco, apesar do calor aumentar. No Piauí, as temperaturas chegam aos 40ºC com muita frequência.

Além disso, há a transição da secura do inverno para o período úmido, verão.

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Efeitos do fenômeno ‘La Niña’ no Brasil

Os principais centros de monitoramento do clima global concordam que o fenômeno “La Niña” voltará a se organizar no decorrer da primavera de 2025. A tendência é que seus principais efeitos no Brasil sejam:

  • Redução da chuva no Sul do país;
  • Aumento da chuva na Amazônia e na costa norte do Nordeste;
  • Facilitar a formação de corredores de umidade, que podem gerar a Zona de Convergência do Atlântico Sul;
  • Facilitar a passagem de frentes frias pelo Sul e pelo Sudeste do país, que eventualmente podem ocasionar queda acentuada de temperatura no centro-sul do país.

Qual será a temperatura na primavera?

O Climatempo informou que a primavera de 2025 terá temperaturas acima do normal em quase todas as áreas do Sudeste, do Centro-Oeste, do Norte e do Nordeste do Brasil. O calor será intenso em áreas do Maranhão, Piauí, oeste e norte da Bahia, Tocantins, norte e leste do Pará.

No centro-sul do Amazonas, no Acre, em Rondônia, Sul de Mato Grosso e em praticamente todo Mato Grosso do Sul, na maioria das áreas do Paraná e de Santa Catarina a temperatura deve ficar próxima do normal.

No Rio Grande do Sul, a temperatura média na primavera deve ficar um pouco abaixo do normal.

Porém, o Climatempo apontou que as regiões Sul e Sudeste estão sujeitas a episódios de brusca queda de temperatura na passagem de algumas frentes frias especiais, sendo que episódios de frio tardio poderão ocorrer até mesmo em novembro.

Como é a primavera em cada região do Brasil

Por fim, o Climatempo especificou como será a primavera em cada região brasileira. Veja:

  • Região Sul: maior possibilidade de período secos, especialmente no Rio Grande do Sul, mesmo com a passagem de frentes frias; a passagem de algumas frentes frias poderá provocar acentuada a queda de temperatura em outubro e em novembro, com chance de geada tardia nas áreas mais altas das serras. Episódios de calor intenso podem ocorrer na região e a possibilidade de ondas de calor no verão.
  • Região Sudeste: eventos de calor intenso são esperados para especialmente para o interior da região, mas episódios de queda acentuada de temperatura ainda podem ocorrer em outubro e em novembro na passagem de frentes frias moderadas a fortes. Retorno gradual da chuva, com aumento da frequência a partir de meados de outubro. Frentes frias têm maior impacto nas áreas próximas ao mar.
  • Região Centro-Oeste: episódios de calor extremo podem ocorrer no fim de setembro e início de outubro. Pancadas de chuva ganham regularidade e volume a partir de meados de outubro. Risco de redemoinhos de poeira e de levantamento de cortina de poeira até meados de outubro.
  • Região Nordeste: a maioria das áreas do interior na região passa a primavera com forte calor e muito sol, com lento retorno das pancadas de chuva. Aumento da temperatura e diminuição da frequência da chuva na costa leste do Nordeste, mas ainda com chance de passagem de frentes frias pela costa da Bahia.
  • Região Norte: precipitações acima da média em muitas áreas da região, o que vai acelerar o processo de cheia dos rios. Há possibilidade de risco de cheia severa em 2026, especialmente na região dos rios Negro e Solimões
Maic Costa é jornalista, formado pela UFOP em 2019 e um filho do interior de Minas Gerais. Atuou em diversos veículos, especialmente nas editorias de cidades e esportes, mas com trabalhos também em política, alimentação, cultura e entretenimento. Agraciado com o Prêmio Amagis de Jornalismo, em 2022. Atualmente é repórter de cidades na Itatiaia.