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Advogada criminalista morta com 20 tiros será velada nesta terça (23) em BH

Kamila Cristina Rodrigues dos Santos foi executada na Rua Otaviano Fabri, no bairro Ermelinda, Região Noroeste da capital

Kamila Cristina publicou um vídeo afirmando estar de guerra antes de ser executada

Kamila Cristina Rodrigues dos Santos, de 32 anos, advogada criminalista assassinada com 20 tiros, na manhã desta segunda-feira (22), na Rua Otaviano Fabri, bairro Ermelinda, Região Noroeste de Belo Horizonte, será velada nesta terça (23), no Cemitério da Paz, localizado na Avenida Carlos Luz, nº 850, bairro Caiçara. A cerimônia começará às 11h e irá até às 14h30. O sepultamento começa logo em seguida.

A mulher foi surpreendida por um atirador que desceu de um Kia Cerato enquanto na direção de um veículo Fiorino de sua propriedade, na Rua Otaviano Fabri. O autor dos disparos desceu armado do carro no lado do carona e iniciou os disparos, que continuam mesmo com a advogada no chão.

Na sequência, o assassino pegou um objeto e entrou no carro, que fugiu no sentido do Anel Rodoviário. Câmeras de segurança registraram o momento do crime.

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‘Tô de guerra’, avisou advogada antes de ser executada

A advogada criminal Kamila Cristina Rodrigues dos Santos gravou um vídeo para dizer que estava em guerra. A gravação tem tom de ameaça, mas Kamilia não citou nomes.

“Boa noite, gente. Quem me conhece sabe que eu sou uma pessoa de luz, uma pessoa legal até certo ponto. Então, tô botando aqui porque fofoqueiro tem um monte, né? Então, já pode passar o recado. Eu tô de guerra, tá?”, disse Kamila.

“Então, começou com história triste, com mimimi, com a p*** que pariu, vai pra desgraça para lá. Eu estou de guerra e com quem eu tô sabe, entendeu?”, prosseguiu. “Mas como não me atende, como não me retorna, então é isso, porque daqui a pouco Ai, ai, ai, meu c* tá doendo. E você pode saber, fui eu. Beleza. Fui eu. Eu não tô ameaçando. Eu tô avisando que eu vou fazer”, finalizou no vídeo, que circula em aplicativos de mensagens nesta segunda (22).

Atuação

Conforme informações publicadas em um perfil em rede social, Kamila atuava como advogada desde 2019, nas áreas de Direito Civil, Família, Trabalhista e Criminal.

Ela se formou pela Escola Superior Dom Helder Câmara, possui pós-graduação em Direito Processual Civil pela Faculdade Líbano e é mestranda em Direito pela FUNIBER.

No mesmo perfil, a advogada informou que também estava cursando Ciências Contábeis. “Tenho experiência prática na condução de processos, atendimento ao cliente, elaboração de peças, acompanhamento de audiências e resolução de conflitos”, escreveu.

‘Ataque covarde’

Em nota assinada pelo presidente Gustavo Chalfun, a Ordem dos Advogados Seção Minas Gerais (OAB-MG) destacou que advocacia brasileira amanheceu em luto em razão da brutal execução da advogada. “Não é apenas um ataque covarde contra uma profissional, mas uma afronta à nossa classe e ao próprio Estado Democrático de Direito”, destaca trecho da nota, que segue.

“Precisamos transformar essa dor em luta. É urgente discutir medidas de segurança para que advogadas e advogados possam exercer sua missão constitucional sem medo. Esse debate passa, inclusive, pela isonomia com o Ministério Público e a Magistratura no porte de armas, garantindo que também a Advocacia tenha o direito de defesa diante da escalada de violência”, aponta a nota, que cobra ainda o Poder Legislativo.

“É indispensável cobrar do Legislativo a aprovação de projetos que tornem hediondos os crimes cometidos contra advogados. A advocacia não se intimida. Exigimos punições mais severas e condições reais de proteção para quem defende direitos, garantias e a justiça. No âmbito da OAB-MG determinei a criação de uma comissão para acompanhar o inquérito e adotar as medidas necessárias visando a punição dos responsáveis. Pela memória de Kamila e pela dignidade da profissão, seguiremos firmes. Unidos, por uma advocacia forte, presente e respeitada”, finaliza.

Polícia Civil investiga o crime

Em nota enviada à imprensa, a PCMG comunicou que equipes da perícia oficial e do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foram enviadas ao local do crime.

A corporação informou que o corpo da advogada criminalista foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) Dr. André Roquette, em Belo Horizonte, onde passará por exames.

Cursou jornalismo no Unileste - Centro Universitário Católica do Leste de Minas Gerais. Em 2009, começou a estagiar na Rádio Itatiaia do Vale do Aço, fazendo a cobertura de cidades. Em 2012 se mudou para a Itatiaia Belo Horizonte. Na rádio de Minas, faz parte do time de cobertura policial - sua grande paixão - e integra a equipe do programa ‘Observatório Feminino’.
Formado em jornalismo pela PUC Minas, foi produtor do Itatiaia Patrulha e hoje é repórter policial e de cidades na Itatiaia. Também passou pelo caderno de política e economia do Jornal Estado de Minas.
Maic Costa é jornalista, formado pela UFOP em 2019 e um filho do interior de Minas Gerais. Atuou em diversos veículos, especialmente nas editorias de cidades e esportes, mas com trabalhos também em política, alimentação, cultura e entretenimento. Agraciado com o Prêmio Amagis de Jornalismo, em 2022. Atualmente é repórter de cidades na Itatiaia.
Repórter policial e investigativo, apresentador do Itatiaia Patrulha.
Jornalista formado pela Newton Paiva. É repórter da rádio Itatiaia desde 2013, com atuação em todas editorias. Atualmente, está na editoria de cidades.
Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na Itatiaia, escreve para Cidades, Brasil e Mundo. Apaixonado por boas histórias e música brasileira.