A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Minas Gerais emitiu nota lamentando a morte da
No comunicado, a entidade defendeu a necessidade de discutir medidas de segurança para que advogados e advogadas possam exercer a profissão sem medo.
“Esse debate passa, inclusive, pela isonomia com o Ministério Público e a Magistratura no porte de armas, garantindo que também a Advocacia tenha o direito de defesa diante da escalada de violência”, destacou.
A OAB ainda cobrou do Legislativo a aprovação de projetos que classifiquem como hediondos os crimes contra advogados. “Exigimos punições mais severas e condições reais de proteção para quem defende direitos, garantias e a justiça. A advocacia não se intimida”, acrescentou a nota.
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Ela foi
Kamila atuava desde 2019 nas áreas de Direito Civil, Família, Trabalhista e Criminal, segundo informações de um perfil mantido em rede social.
Formada pela Escola Superior Dom Helder Câmara, a advogada tinha pós-graduação em Direito Processual Civil pela Faculdade Líbano e era mestranda em Direito pela Fundação Universitária Iberoamericana (Funiber). No mesmo perfil, informou que também cursava Ciências Contábeis.
Veja a nota na íntegra
''Hoje, a advocacia brasileira amanheceu em luto. A brutal execução da advogada criminalista Kamila Cristina Rodrigues dos Santos, em Belo Horizonte, não é apenas um ataque covarde contra uma profissional, mas uma afronta à nossa classe e ao próprio Estado Democrático de Direito.
Precisamos transformar essa dor em luta. É urgente discutir medidas de segurança para que advogadas e advogados possam exercer sua missão constitucional sem medo. Esse debate passa, inclusive, pela isonomia com o Ministério Público e a Magistratura no porte de armas, garantindo que também a Advocacia tenha o direito de defesa diante da escalada de violência.
Além disso, é indispensável cobrar do Legislativo a aprovação de projetos que tornem hediondos os crimes cometidos contra advogados. A advocacia não se intimida. Exigimos punições mais severas e condições reais de proteção para quem defende direitos, garantias e a justiça.
No âmbito da OAB-MG determinei a criação de uma comissão para acompanhar o inquérito e adotar as medidas necessárias visando a punição dos responsáveis.
Pela memória de Kamila e pela dignidade da profissão, seguiremos firmes. Unidos, por uma advocacia forte, presente e respeitada.’'