Sindicato diz que Zema suspendeu consulta sobre escolas cívico-militares após rejeição

O Sind-UTE/MG informou, em nota, que ajuizou uma Ação Civil Pública contra a expansão do programa, proposto pelo governo de Minas Gerais

O governador Romeu Zema (Novo) e o secretário de Educação, Igor Alvarenga, deram um pronunciamento para a imprensa nesta segunda (14).

A decisão do governador Romeu Zema (Novo) de suspender as assembleias sobre a adesão ao Programa de Escolas Cívico-Militares, segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), teria sido motivada por derrotas nas comunidades escolares onde a proposta foi apresentada.

Em nota, a entidade afirmou que, diante da situação e da “pressão” da base política de Zema, o governo recuou para “tentar se reagrupar e, certamente, retomar sua tentativa de destruir a escola pública”.

O anúncio da “ suspensão temporária” da consulta às escolas foi feito nesta segunda-feira (14). Segundo o secretário estadual de Educação, Igor Alvarenga, a suspensão ocorre devido ao recesso escolar, mas as assembleias devem ser retomadas após as férias.

A consulta, iniciada em junho, tinha como objetivo ouvir 723 escolas mineiras, que deveriam manifestar se tinham interesse ou não em aderir ao programa.

O secretário afirmou que 15% das escolas listadas para a consulta já realizaram as assembleias, mas não divulgou os dados de adesão. Alvarenga declarou ainda que, após o processo de escuta com a comunidade, o governo estadual deverá fazer um levantamento dos policiais militares da reserva que estão disponíveis e qual seria o orçamento necessário para a implementação do modelo.

O Sind-UTE/MG contesta um dos principais argumentos usados pelo governo — o de que o programa traria “mais segurança” para as escolas públicas. Para a categoria, a presença de ex-policiais dentro das instituições “reforça a lógica punitivista, de repressão, censura e coação”.

O sindicato ajuizou uma Ação Civil Pública contra a expansão do programa, alegando que o governo está dando continuidade à iniciativa de forma unilateral.

Graduada em Jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais, com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia, já foi produtora de programas da grade e repórter da Central de Trânsito Itatiaia Emive.

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