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Senado aprova regras mais rígidas contra conteúdo sexual infantil na internet

Proposta prevê remoção imediata de material ilícito e aumento de penas para exploradores

Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa extraordinária.

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado aprovou nesta quarta-feira (3) o Projeto de Lei 880/2025, que reforça o combate à divulgação de conteúdo sexual envolvendo crianças e adolescentes no ambiente digital.

Pontos centrais da proposta

  • Responsabilidade dos provedores: plataformas deverão agir de forma proativa na detecção e remoção de conteúdos ilícitos, sem prejuízo ao direito de defesa em casos de falsos positivos.
  • Comunicação obrigatória: as empresas deverão informar imediatamente autoridades policiais e Ministério Público, repassando dados que auxiliem investigações.
  • Marco Civil da Internet: o texto introduz um novo patamar de responsabilidade, sem afetar garantias de liberdade de expressão, mas destacando a proteção de menores como imperativo constitucional.

O projeto é de autoria do senador Marcos do Val (Podemos-ES) e teve relatório favorável do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA). Antes de seguir à Câmara dos Deputados, a matéria ainda passará pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde terá decisão terminativa.

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Endurecimento das penas

Paralelamente, Zequinha Marinho também apresentou outro projeto que aumenta as penas para crimes de favorecimento da prostituição ou exploração sexual de crianças e adolescentes:

  • de 4 a 6 anos para 6 a 10 anos na pena mínima;
  • de 10 a 12 anos na pena máxima.

Segundo o senador, a medida busca impedir que condenados cumpram, já na primeira instância, regime aberto, que na prática costuma significar prisão domiciliar.

Aline Pessanha é jornalista, com Pós-graduação em Marketing e Comunicação Integrada pela FACHA - RJ. Possui passagem pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação, como repórter de TV e de rádio, além de ter sido repórter na Inter TV, afiliada da Rede Globo.