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Processo contra Bolsonaro por golpe de Estado entra em fase decisiva nesta semana; saiba o que acontece

Ex-presidente e outros seis réus têm até quarta-feira para entregar as alegações finais no caso

O ex-presidente Jair Bolsonaro

Termina na próxima quarta-feira (13) o prazo para que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros seis réus apresentem ao Supremo Tribunal Federal (STF) suas alegações finais no processo sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Segundo a Procuradoria-Geral da República, esse grupo seria responsável por coordenar e planejar toda a trama golpista.

Essa é a última oportunidade dos advogados defenderem a absolvição dos réus. Depois disso, o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, poderá marcar a data do julgamento e liberar seu voto, o que deve acontecer em setembro.

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Delator no caso, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, já apresentou suas alegações finais. Ele negou ter compactuado com qualquer plano golpista e disse que atuava alinhado ao então comandante do Exército, general Freire Gomes.

Além de Cid e Bolsonaro, também são réus:

  • Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
  • Almir Garnier, almirante e ex-comandante da Marinha.
  • Augusto Heleno, general e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública;
  • Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto, general, ex-ministro da Casa Civil e ex-candidato a vice de Bolsonaro.

Ele são acusados pelos organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima; e deterioração de patrimônio tombado. Somadas, as penas chegam a 39 anos de prisão.

Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.