O prefeito de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH),
Na avaliação de Guimarães, as prefeituras têm assumido, cada vez mais, responsabilidades que não são de competência municipal, o que, segundo ele, prejudica as contas públicas e compromete o funcionamento da máquina administrativa. “Os municípios têm assumido tarefas que constitucionalmente não são suas, mas, no dia a dia, lidando com as pessoas, se as cidades não assumirem, a população fica desassistida, e os prefeitos precisam arcar com situações que não são de sua responsabilidade”, explicou à Itatiaia.
No último dia 16 de dezembro, a Associação Mineira dos Municípios (AMM) e o
No compromisso firmado, o TCE-MG realizará uma pesquisa para identificar quanto os municípios estão gastando para custear essas estruturas.
Para o prefeito de Betim, para que a ação seja mais efetiva, é preciso mais do que apenas “boa vontade”. Em entrevista à Itatiaia, Guimarães cobrou que o movimento em defesa do municipalismo parta dos senadores e deputados federais. “Se não houver sensibilidade, vai continuar do mesmo jeito e ninguém vai dividir o bolo. A União continuará com a maior fatia, o estado seguirá com uma parte menor do que a da União, mas maior do que a dos municípios”, afirmou.
Traçado do Rodoanel
Em abril de 2025, as
A obra, que deve integrar também outras cidades, é uma aposta do governo de Minas para reduzir os congestionamentos na capital mineira, com investimento estimado em R$ 3,2 bilhões.
Enquanto a
De acordo com ele, a partir disso, foram realizados diversos movimentos para impedir a aprovação do traçado. “Em 2024, veio outro Decreto de Utilidade Pública (DUP), com alterações que já tornavam o traçado mais amigável. O terceiro DUP, ocorrido no primeiro semestre de 2025, melhorou bastante, e um novo decreto, no segundo semestre, nos dá mais tranquilidade para dizer que agora o traçado impacta a cidade, mas em menor escala”, afirmou.
Ele disse que a prefeitura dialogou com o governo do estado em busca de melhorias e acredita que Contagem deva seguir pelo mesmo caminho. “Achamos que, pelo menos do ponto de vista do projeto, essa obra, que já tem recursos destinados, irá avançar muito. Sabemos que a execução ainda deve demorar, mas, no que depender de Betim, o projeto já está aprovado”, relatou.
Enquanto em Betim a principal reclamação era uma eventual segregação da cidade, em Contagem a prefeitura sustenta que a proposta não pode avançar sem garantir a proteção da Área de Preservação Ambiental de Vargem das Flores e sem ajustes que evitem cortes em bairros diretamente impactados.
‘Casa arrumada’ e mobilidade urbana
O prefeito, que herdou a administração pública do ex-prefeito
Segundo Guimarães, a prefeitura está finalizando um processo de licitação com a promessa de reformular o transporte público municipal. “Por meio de circulares nas dez regionais, começaremos pela Citrolândia, região mais afastada do centro administrativo. A partir daí, vamos aderir ao programa do governo federal, o Refrota”, explicou.
O Refrota é uma iniciativa do governo Lula (PT), vinculada ao Ministério das Cidades e ao
Ainda em Betim, segundo Guimarães, mais de 60% dos ônibus do transporte de passageiros são de linhas intermunicipais, sob administração do governo de Minas Gerais. “Somos cortados pela BR-262, pela BR-381, pela MG-050, pela BR-040 e pela VLI, que são trilhos que poderiam ser usados para o transporte de passageiros, mas isso ainda é uma realidade distante. Temos grandes expectativas para os próximos anos, mas sabemos que precisamos de um órgão jurídico e administrativo mais claro”, disse.
Para o chefe do Executivo municipal, a Agência Metropolitana, sozinha, não tem conseguido êxito em promover a integração necessária para a Grande BH. Embora haja interesse por parte da