‘Nossa perspectiva é ter a tarifa unificada’, diz Marília Campos sobre transporte na Grande BH

A prefeita de Contagem afirmou que a cidade planeja entregar, em 2026, terminais e estações para ônibus municipais e metropolitanos, atendendo aos dois sistemas de transporte

Prefeita de Contagem, Marília Campos (PT).

Em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a prefeitura espera grandes avanços na mobilidade urbana para 2026. Apesar disso, a prefeita do município, Marília Campos (PT), acredita que muitas obras e planejamentos já foram feitos em 2025, visando resultados para o próximo ano, entre eles os terminais e estações para ônibus municipais e metropolitanos.

Em entrevista à Itatiaia, Marília afirmou que a perspectiva é que os terminais e estações instalados para atender os dois sistemas de transporte estejam prontos para uma integração entre o transporte metropolitano e municipal. “Nossa perspectiva é a integração do transporte municipal e metropolitano, com tarifa unificada. Isso vai significar um avanço muito grande para o usuário do transporte público”, disse.

A prefeita, que cumpre o quarto mandato à frente da prefeitura, tem reforçado o pedido por uma maior integração entre as cidades da RMBH. O primeiro passo foi o avanço da expansão do Metrô BH até Contagem.

Já em janeiro de 2026, pouco mais de duas décadas após a última inauguração, a Linha 1 do metrô de Belo Horizonte terá um novo ponto de embarque: a Estação Novo Eldorado, em Contagem, que passará a ser o ponto final do sistema.

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Essa será a 20ª parada da Linha 1, acrescentando 1,7 quilômetro ao metrô.

Marília também defende a criação de uma tarifa unificada para a região metropolitana, como parte das ações do Sistema Integrado de Mobilidade (SIM) de Contagem, incluindo a unificação tarifária do transporte coletivo por ônibus e metrô, conforme consta no plano de governo para a gestão 2025–2028.

Investimentos na saúde

Além da mobilidade urbana, a prefeita destaca avanços na área da saúde, embora reconheça que nem todos os problemas do município foram solucionados.

Em julho deste ano, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, visitou Contagem para anunciar a destinação de R$ 96 milhões por ano, além de uma parcela única de R$ 24 milhões, para ampliação de cirurgias cardíacas e procedimentos de alta complexidade na cidade.

O objetivo é reduzir a fila de espera de pacientes que, até então, dependiam da capital mineira para atendimento especializado.

O atendimento começou no dia 15 de dezembro, no Hospital Santa Rita. “Aquela história do nosso paciente ficar internado, aguardando cateterismo por 10 a 15 dias, ou esperando uma cirurgia, internado no hospital municipal, vai reduzir drasticamente. Com isso, avançamos”, avaliou.

Período chuvoso

A estação chuvosa em Minas, assim como em toda a região Sudeste, começa em outubro e vai até março.

Segundo a Defesa Civil de Contagem, o município possui atualmente 249 áreas de risco, sendo 136 de origem hidrológica e 113 de natureza geológica, mapeadas e atualizadas desde 2021.

No último período chuvoso, de 2024 para 2025, a Defesa Civil registrou 1.418 ocorrências, sem registros graves — sem mortes ou deslizamentos de barrancos.

Para a temporada de chuvas de 2026, a prefeita afirmou à reportagem que a administração municipal iniciará as obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Entre os projetos, está a Bacia de Contenção B3, localizada no bairro Água Branca (antiga Vila PTO), em parceria com o governo de Minas.

A previsão é que essas intervenções evitem enchentes na avenida Tereza Cristina, em BH, como nos anos anteriores.

A bacia B3 tem capacidade para reter até 102 milhões de litros de água provenientes do córrego Ferrugem, que deságua no rio Arrudas — volume equivalente a cerca de 41 piscinas olímpicas.

Mesmo sem ter sido totalmente concluída, Marília também espera que a estrutura da bacia de contenção B4 contribua na prevenção de enchentes. A B4 terá capacidade volumétrica de cerca de 378 milhões de litros de água, superior à da B3. “Nossa cidade está mais preparada, mas certamente, dependendo do volume de chuvas, teremos problemas em algumas regiões”, admite a prefeita.

Graduada em Jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais, com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia, já foi produtora de programas da grade e repórter da Central de Trânsito Itatiaia Emive.

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