Nikolas Ferreira ironiza críticas de Luciano Huck à megaoperação no Rio

Megaoperação deixou ao menos 121 mortos na semana passada nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL) criticou, nesta segunda-feira (3), o apresentador Luciano Huck por ter feito críticas à megaoperação no Rio de Janeiro que deixou ao menos 121 mortes na semana passada. Dentre os mortos, há quatro policiais que atuaram no combate ao Comando Vermelho na terça-feira (28).

Huck havia comentado, durante seu programa no domingo (2), a ação da polícia: “120 mortos em uma operação policial no complexo do Alemão e da Penha, por trás desse número tem 120 mães que enterraram seus filhos”, pontuou o apresentador.

Com uma foto de Huck sendo escoltado por policiais do BOPE, Nikolas publicou: “Esse é o mesmo cara que hoje condena a operação no Rio, mas que, para gravar um programa na Rocinha e no Vidigal, usou o BOPE como escolta? Não é possível… ele não seria capaz de tamanha cara de pau, seria?”.

O embate faz parte da guerra de narrativas que tomou conta da megaoperação no Rio. Também nas redes sociais, o vice-líder do PT na Câmara, Rogério Correia, publicou o vídeo do momento em que o apresentador faz seu discurso e disse: “Luciano Huck, muito bom, sobre a segurança pública no Rio de Janeiro, décadas com a mesma intervenção que não leva a nada. E eu completo, quatro governos de extrema direita e a mesma política de segurança que não leva a nada!”

Operação levou a consórcio entre governadores

Na quinta-feira (30), governadores de direita se uniram em um “Consórcio da Paz” para endurecer medidas contra o crime organizado. Em discurso inflamado, Romeu Zema (Novo), chefe do Palácio Tiradentes, disse que não houve inocentes mortos, além dos policiais. O mesmo discurso foi entoado por Cláudio Castro (PL), governador do Rio.

“(A operação) tem sido erroneamente classificada como a mais letal, deveria ser considerada a mais bem sucedida. Não ouvi falar de inocente que foi morto”, afirmou Zema em coletiva de imprensa na quinta-feira.

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), declarou que o consórcio vai integrar os estados com “todos os meios”, com contingente, inteligência, apoio financeiro e “o que tiver que ser feito” para combater a criminalidade.

“Vamos fazer um regulamento agora, visto que criamos hoje o consórcio. É para que possamos emprestar o que tem de melhor. Se possível for, queremos os 27 estados. Vamos trocar experiência e material humano, fazer compra de equipamento de forma consorciada, jogando o preço para baixo, para que possamos enfrentar essa onda de violência no Brasil”, explicou.

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