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Governadores anunciam ‘Consórcio da Paz’ para combater o crime organizado após megaoperação no Rio

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), declarou que o consórcio vai integrar os estados com “todos os meios”, com contingente, inteligência, apoio financeiro e “o que tiver que ser feito” para combater a criminalidade

Cláudio Castro, governador do Rio de Janeiro.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), anunciou, na noite desta quinta-feira (30), após reunião com outros governadores de direita, dentre eles o de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), a criação de um “Consórcio da Paz”, com objetivo de unir esforços entre estados para combater o crime organizado.

A decisão aconteceu a reboque da megaoperação contra o Comando Vermelho na capital fluminense que deixou, ao menos, 121 mortos, dentre eles quatro policiais.

“Faremos um consórcio entre estados para que nós possamos dividir as experiências, soluções e ações de combate ao crime organizado e a libertação do nosso povo. A ideia é que a sede seja no Rio de Janeiro, e faremos reuniões posteriores convidando outros governos que queiram fazer parte”, declarou Castro em coletiva de imprensa.

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), declarou que o consórcio vai integrar os estados com “todos os meios”, com contingente, inteligência, apoio financeiro e “o que tiver que ser feito” para combater a criminalidade.

“Vamos fazer um regulamento agora, visto que criamos hoje o consórcio. É para que possamos emprestar o que tem de melhor. Se possível for, queremos os 27 estados. Vamos trocar experiência e material humano, fazer compra de equipamento de forma consorciada, jogando o preço para baixo, para que possamos enfrentar essa onda de violência no Brasil”, explicou.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, fez críticas ao governo federal e declarou apoio às ações policiais no Rio de Janeiro. “Tem sido erroneamente classificada como a operação mais letal, mas deveria ser considerada a mais bem sucedida. Não ouvi falar de inocente que foi morto. Tivemos a maior apreensão de armas, a maior apreensão coletiva de criminosos de alta periculosidade”, declarou.

De acordo com o chefe do Palácio Tiradentes, houve falta de apoio do governo federal. “É um governo que insiste em não combater a criminalidade. Insiste em não caracterizar essas organizações como terroristas. Quem ocupa espaço é terrorista, as organizações controlam território, colocam barricadas, incendeiam ônibus, tem armamento privativo das Forças Armadas. O Brasil virou o paraíso dos criminosos e o inferno das pessoas de bem”, concluiu.

Além de Zema e Castro, devem participar do consórcio os governadores de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL); do Paraná, Ratinho Jr. (PSD); do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD); de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil); do Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil); e do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PP).

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Jornalista pela UFMG, Lucas Negrisoli é editor de política. Tem experiência em coberturas de política, economia, tecnologia e trends. Tem passagens como repórter pelo jornal O Tempo e como editor pelo portal BHAZ. Foi agraciado com o prêmio CDL/BH em 2024.