Moraes nega pedido de prisão domiciliar humanitária para Jair Bolsonaro

Defesa do ex-presidente pedia que prisão em regime fechado, após o trânsito em julgado, fosse substituída pelo benefício; novas visitas também foram negadas

Decisão de Moraes negou prisão domiciliar para Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou neste sábado (22) o pedido da defesa de Jair Bolsonaro (PL) que buscava transformar uma possível prisão em regime fechado do ex-presidente em prisão domiciliar humanitária. Segundo Moraes, a solicitação se tornou “prejudicada”, já que foi superada pela própria decisão que converteu a prisão domiciliar anterior em preventiva.

Bolsonaro foi preso na manhã deste sábado e encaminhado à Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde permanece em uma sala de Estado, espaço usualmente reservado a autoridades de alto escalão. A prisão preventiva não tem prazo determinado.

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Quando o STF considera um pedido “prejudicado”, significa que ele perdeu objeto - ou seja, deixou de fazer sentido diante de um fato novo. Com isso, todas as autorizações de visita que haviam sido concedidas à família e a aliados também foram automaticamente anuladas.

Bolsonaro preso

A decisão de Moraes foi fundamentada na necessidade de garantir a ordem pública, após a Polícia Federal alertar sobre a convocação de uma vigília na porta do condomínio Solar de Brasília 2, onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar. Segundo o ministro, o ato tinha potencial de tumulto e poderia dificultar o cumprimento da ordem judicial.

Além disso, Moraes afirmou que Bolsonaro violou a tornozeleira eletrônica, o que, segundo a PF, reforça a suspeita de tentativa de fuga. O ministro também destacou que o histórico recente do ex-presidente elevou o risco de evasão.

Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. A prisão deste sábado, porém, não está relacionada diretamente à condenação, já que ainda há recursos pendentes. A previsão é que o trânsito em julgado ocorra nos próximos dias, quando ele poderá começar a cumprir a pena imposta pelo STF.

Supervisor da Rádio Itatiaia em Brasília, atua na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas, já teve passagens como repórter e apresentador por Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor dos prêmios CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio
Repórter de política em Brasília, com foco na cobertura dos Três Poderes. É formado em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) e atuou por três anos na CNN Brasil, onde integrou a equipe de cobertura política na capital federal. Foi finalista do Prêmio de Jornalismo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) em 2023.

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