O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, segue com os benefícios da delação premiada mantidos, após quase três horas de depoimento na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, nesta sexta-feira.
Ele vai precisar continuar cumprindo as medidas cautelares determinadas pelo Supremo, como não usar redes sociais, permanecer com a tornozeleira eletrônica e continuar em casa nos períodos noturnos. Cid negou que estivesse planejando deixar o país e disse que não tinha intenção de fugir e nem conhecimento sobre um possível pedido de passaporte português em seu nome. Ele chegou à PF por volta das 11h, junto com seu advogado Cézar Bitencourt.
O depoimento foi convocado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e foi localizado em casa, no Setor Militar Urbano (SMU), em Brasília, após ser alvo de um mandado de busca e apreensão. Ele chegou em uma Range Rover vermelha e deixou o local no mesmo veículo, sem falar com a imprensa.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou que concorda com a investigação sobre o caso.
Na manhã de hoje, Gilson Machado, ex-ministro do Turismo no governo de Jair Bolsonaro, foi preso em Recife, suspeito de ajudar no plano de fuga de Cid.