O presidente
Lula (PT), durante encontro bilateral com o homólogo ucraniano,
Volodymyr Zelensky, em Nova York, nos Estados Unidos, voltou a defender o diálogo como única alternativa diplomática para resolver o conflito entre Ucrânia e Rússia — situação que já dura pouco mais de três anos.
Em nota, o Palácio do Planalto afirmou que o brasileiro reiterou a contrariedade a saídas militares para o conflito, expressando apoio ao
processo de diálogo direto entre as duas nações, realizado em Istambul, em maio deste ano.
Nas redes sociais,
Zelensky agradeceu a participação do Brasil no que chamou de “processo de paz” e disse que fez um convite para Lula visitar o território ucraniano. “Estou pronto para uma reunião com a Rússia no nível de líderes, mas eles não demonstram disposição. É necessária uma forte pressão internacional para desbloquear o caminho para o diálogo”, escreveu.
Esta foi a segunda reunião entre Lula e o homólogo ucraniano em Nova York, sendo a primeira em 2023, durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Na última terça-feira (23), no discurso de abertura da Assembleia, Lula voltou a destacar a via diplomática como única alternativa viável para o fim da
guerra entre Rússia e Ucrânia, citando o encontro de pensamentos diferentes entre
Vladimir Putin e Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, no Alasca, em agosto deste ano.
O
Itamaraty condena a invasão russa, mas evita se alinhar às medidas unilaterais dos Estados Unidos e da União Europeia em apoio à Ucrânia. A falta de críticas mais incisivas ao parceiro dos BRICS já rendeu manifestações públicas de Zelensky contra o presidente brasileiro.
Como resposta, Lula já se colocou à disposição para mediar uma negociação entre Putin e Zelensky, mas, até o momento, sem sucesso.
Nos Estados Unidos, além de Lula, Zelensky também se reuniu com Trump, na terça-feira, e com o presidente da Espanha,
Pedro Sánchez, nesta quarta-feira.