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Líderes petistas pedem que Moraes decrete prisão preventiva de Eduardo Bolsonaro

Segundo Lindbergh Farias e Randolfe Rodrigues, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro agiu contra os interesses nacionais nos EUA

O deputado Eduardo Bolsonaro observa o pai Jair Bolsonaro em evento do Partido Liberal

Os líderes do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), e do Governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), pediram nesta quinta-feira (17) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que decrete a prisão preventiva do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no inquérito em que ele é investigado por atuar contra autoridades brasileiras nos Estados Unidos.

Segundo os petistas, ao comemorar publicamente o tarifaço anunciado pelo presidente americano, Donald Trump, aos produtos brasileiros, Eduardo e o influenciador bolsonarista Paulo Figueiredo comprometeram os interesses nacionais.

“Tais condutas caracterizam verdadeiro ato de traição à Pátria, ao instrumentalizar poder estrangeiro para retaliar decisões soberanas do Judiciário brasileiro, gerar impacto econômico negativo à produção nacional e ameaçar membros do STF e da PGR”, argumentam.

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Na queixa-crime, Lindbergh e Randolfe pedem também a inclusão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de Figueiredo como autores dos possíveis crimes contra a soberania; abolição do Estado Democrático de Direito e entendimento com país estrangeiro para gerar conflito ou divergência com o Brasil, previsto no Código Penal Militar, mas aplicável a civis.

Outro pedido é que caso Moraes negue a prisão preventiva de Eduardo, sejam impostas medidas cautelares ao deputado, como:

  • Proibição de ausentar-se do país sem autorização judicial;
  • Suspensão do uso de passaporte diplomático;
  • Adoção de medidas cautelares patrimoniais, a fim de evitar o ocultamento ou dissipação de valores;
  • Vedação à realização de qualquer vínculo, contato institucional, cooperação política ou articulação estratégica com indivíduos, organizações ou autoridades estrangeiras, sempre que a ação puder colocar em risco a soberania do Brasil ou influenciar, de modo direto ou indireto, o andamento regular de investigações ou ações judiciais no STF.
Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.