Ouvindo...

Gostaria que Trump fizesse uma experiência com o Pix, diz Lula

Presidente defendeu método de pagamento e voltou a afirmar que ele pode acabar com os cartões de crédito

O presidente Lula durante evento no Itamaraty

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu o Pix nesta terça-feira (5), alvo de uma investigação comercial determinada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O petista afirmou ainda que gostaria que o líder norte-americano fizesse uma “experiência” com o sistema de pagamento brasileiro.

“O Pix é um patrimônio nacional e referência internacional de infraestrutura pública digital. E aqui eu gostaria que o presidente Trump fizesse uma experiência com o Pix nos Estados Unidos, para ele pagar uma conta. Ele ia ver que é uma coisa moderna”, declarou o petista na abertura da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o Conselhão, no Palácio Itamaraty, em Brasília.

Lula também voltou a dizer que o incômodo de Washington com o método de pagamento brasileiro é pela concorrência com os cartões de crédito.

Leia também

“E qual é a preocupação deles? É que se o Pix tomar conta do mundo, os cartões de crédito irão desaparecer. E é isso que está por trás dessa loucura contra o Brasil. Por isso, nós não podemos ser penalizados por desenvolver um sistema gratuito”, destacou.

No evento, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também criticou a investida contra o Pix e afirmou que o governo não vai “ceder à pressão de multinacionais”.

“Eles ganharam por décadas dinheiro com uma tecnologia que eles desenvolveram e ninguém se incomodou com isso, porque garantiu o bem-estar para muita gente usar um cartão de crédito. Agora, porque nós temos agora uma tecnologia gratuita que atende o cidadão a custo zero uma moeda digital no sentido pleno da palavra, é melhor do que usar o papel moeda. Você vai enfrentar a modernidade que traz bem-estar para toda a população, bancariza pessoas que nunca passaram numa agência bancária, isso está completamente fora de cogitação”, disse.

Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.