Marco Aurélio Mello,
Ao ser questionado sobre a forma como avalia o julgamento do ex-presidente, Mello não entrou no mérito da decisão da 1ª turma do STF,
“(Fiquei) perplexo. A competência do Supremo é de direito estrito. É o que está na Constituição Federal e nada mais. O Supremo não é competente para julgar cidadãos comuns. O Supremo não é competente para julgar ex. Basta parar e perceber onde foi julgado o atual presidente da República quando era ex: na 13ª vara de Curitiba. A legislação mudou? Não. O que mudou foi a ótica do Supremo. E com essa competência alargada, ele vai para a vitrine e o estilingue funciona. As críticas são exacerbadas e não são construtivas”, analisou.
Bolsonaro e mais sete aliados foram julgados diretamente no STF pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
O envio do caso ao Supremo foi alvo de
Marco Aurélio foi nomeado ao STF em 1990 pelo então presidente Fernando Collor de Mello e permaneceu na corte até 2021, quando completou 75 anos de idade. O ex-ministro esteve em Belo Horizonte nesta quinta-feira para participar do evento Imersão Indústria, organizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) no Belvedere, Centro-Sul da capital mineira.