Das 31 indicações feitas por oito presidentes da República para
vagas no Supremo Tribunal Federal (STF), apenas três foram destinadas a mulheres: Ellen Gracie, Rosa Weber e Cármen Lúcia. Entre esses indicados, apenas um magistrado era negro: o ex-ministro Joaquim Barbosa.
O baixo nível de
representatividade feminina e
racial na Corte mostra que, desde a redemocratização do país, mais de 87% das cadeiras do Supremo foram ocupadas por homens brancos.
Com a
aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso, de 67 anos, o presidente Lula (PT) terá direito a fazer mais uma indicação. Cumprindo seu terceiro mandato, o petista é o chefe do Executivo que mais indicou magistrados para o STF.
Ao indicar o substituto de Barroso, Lula realizará sua 11ª nomeação.
Classe artística pede representatividade feminina no STF
Atualmente, a ministra
Cármen Lúcia, de 71 anos, é a única mulher na Corte.
A falta de representatividade mobilizou nomes como
Anitta, Angélica e Fernanda Torres a cobrarem publicamente do presidente uma indicação feminina para a vaga de Barroso.
Na última terça-feira (14), o Movimento Mulheres Negras Decidem enviou ao presidente uma lista com nove juristas negras para ocupar o cargo na Corte.
Entre as candidatas listadas pela organização estão
Edilene Lobo, ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desde 2023; Flávia Martins Carvalho, juíza auxiliar do STF; e Lívia Sant’Anna Vaz, promotora de Justiça do Ministério Público da Bahia (MPBA).
Favoritos de Lula
Apesar dos pedidos de organizações sociais e da classe artística, o
favorito de Lula para a sucessão de Barroso é o advogado-geral da União,
Jorge Messias.
Além de Messias, o senador
Rodrigo Pacheco (PSD) também é cotado pelo presidente para a cadeira no Supremo.