Família responsável por fábrica clandestina é suspeita de ter ligação com a venda de bebidas destiladas contaminadas com metanol que podem ter intoxicado pelo menos três pessoas em São Paulo, aponta Polícia Civil.
A primeira da família a ser alvo da polícia foi Vanessa Maria da Silva. Na semana passada, ela foi presa em flagrante após ser apontada como responsável por uma fábrica clandestina de bebidas alcoólicas clandestinas, em São Bernardo, no ABC paulista. Depois da prisão, a polícia começou a investigar o marido, o pai e o cunhado da suspeita também por envolvimento na venda de bebidas adulteradas para bares da zona sul e leste da capital paulista.
As investigações apontam que eles podem ser os responsáveis por vender a bebida que intoxicou um homem em um bar na região da Saúde, zona sul da capital paulista. A bebida contaminada também chegou aos copos de outros dois homens, de 54 e 46 anos, em um bar na Mooca, zona leste de São Paulo. Nestes casos, as duas vítimas não resistiram às complicações causadas pela intoxicação e morreram.
A Polícia Civil acredita que todos os casos estão relacionados a esse núcleo familiar.
Na casa da família também foram encontradas provas que levaram até dois postos de combustíveis que estariam vendendo etanol adulterado. Isso, segundo a polícia, explicaria como o metanol foi parar nas bebidas alcoólicas.
O combustível que estava na casa da Vanessa foi comprado nesses postos de gasolina. E foi constatado que essas bombonas continham etanol com metanol. E isso é comprovado através dos pagamentos efetuados pelo núcleo da Vanessa, por ela ou por terceiros ligados a ela, como uma mulher chamada Gabriela, que foi que fez os pagamentos. Tanto essa Gabriela, a Vanessa e o garrafeiro que se conectam com a Vanessa”, detalhou o delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian após deflagrar uma operação que mirou os dois postos de combustíveis nessa sexta-feira (17).
Os casos de contaminação por metanol já mataram seis pessoas em São Paulo. Ao todo, 38 pessoas se intoxicaram com bebidas destiladas contaminadas.