Após a aprovação da PEC da Blindagem, que determina que parlamentares só podem ser investigados com aval do Congresso, alguns deputados recorreram às redes sociais para explicar e se desculpar pelo voto favorável, marcado por repercussão negativa e críticas da população.
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Principais posicionamentos:
Silvye Alves (União Brasil-GO):
- Reconheceu que sua decisão foi um “erro grave” e que cedeu à pressão de figuras influentes do Congresso, que ameaçaram retaliação caso votasse contra a proposta.
- Em suas redes sociais, afirmou ter ido contra suas próprias convicções: “Eu fui contra tudo que defendo, tudo que acredito”.
- Admitiu que sua mudança de voto ocorreu por volta das 23h, chamando a atitude de covarde.
Merlong Solano (PT-PI):
- Pediu desculpas ao povo do Piauí e ao partido, explicando que seu voto teve como objetivo frear o avanço da anistia e viabilizar pautas importantes, como: Isenção do Imposto de Renda, MP do Gás do Povo, Taxação de casas de apostas e de super-ricos e Plano Nacional de Educação. Segundo ele, a postura também visava manter o diálogo entre o PT e a presidência da Câmara, liderada por Hugo Motta (Republicanos-PB).
Pedro Campos (PSB-PE):
- Em vídeo publicado nas redes, afirmou que sua intenção era evitar o boicote ao avanço de medidas prioritárias do governo do presidente Lula.
- Reconheceu que a escolha feita não foi a mais adequada: “Tenho a humildade de admitir que não escolhemos o melhor caminho”.
Contexto geral:
A PEC da Blindagem foi alvo de críticas de autoridades e especialistas, por criar barreiras às investigações de parlamentares. As retratações públicas refletem a pressão social e política, além da tentativa dos deputados de justificar sua posição perante eleitores e partidos.