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Defesa de Ramagem diz que documentos encontrados na investigação eram ‘anotações’

O advogado reforçou que não há elementos nos autos que demonstrem que esses documentos teriam sido repassados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)

Advogado do réu Alexandre Ramagem, Paulo Renato Garcia Cintra

A defesa do deputado federal Alexandre Ramagem (PL), que chefiou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na gestão de Jair Bolsonaro (PL), afirmou, na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (2), que documentos encontrados ao longo da investigação em sua posse eram apenas “anotações” e que não foram transmitidos ao ex-presidente.

“Esses documentos, basicamente, eram anotações. Desde o interrogatório, ao qual o Alexandre Ramagem foi submetido perante autoridade policial, salvo engano em julho do ano passado, o Alexandre Ramagem sempre falou: ‘Eu não passo anotações de tudo’”, afirmou o advogado Paulo Renato Garcia Cintra.

O advogado reforçou que não há elementos nos autos que demonstrem que esses documentos teriam sido repassados a qualquer um. “Em defesa prévia, antes na resposta à acusação, e agora, em alegações finais, a defesa técnica bateu em um ponto muito específico em relação aos documentos de texto. Não há elementos nos autos, elementos de informação, elementos de prova que demonstrem que esses documentos tenham sido transmitidos ou entregues ao então presidente da República. Não há", completou.

O ex-diretor da Abin é acusado de ter buscado indícios de que a eleição presidencial de 2022, na qual Jair Bolsonaro foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), teria sido fraudada.

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Jornalista pela UFMG, Lucas Negrisoli é editor de política. Tem experiência em coberturas de política, economia, tecnologia e trends. Tem passagens como repórter pelo jornal O Tempo e como editor pelo portal BHAZ. Foi agraciado com o prêmio CDL/BH em 2024.