Atualização publicada nesta quarta-feira (3) no portal da
Os gráficos também mostram que o Governo de Minas já executou R$ 6,1 bilhões do serviço do débito em 2025. Os dados estão disponíveis no Portal da Dívida Pública Estadual.
O debate sobre a forma de equacionar o débito tem sido um dos principais temas das gestão do governador
A história da dívida, no entanto, remonta ao fim do século passado. Em 1998, o governo mineiro contratou um financiamento junto à União relativo ao fim dos bancos estatais como o MinasCaixa e o Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge).
Desde então, mesmo sem a contratação de novos serviços, a dívida com a União escalou constantemente com a aplicação de juros sobre juros. Em quase três décadas, diferentes indexadores do interesse sobre o valor foram aplicados, sempre sob críticas de economistas que consideram as taxas abusivas.
Hoje os juros são fixados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — que determinam a inflação — mais 4% do estoque devido ao ano.
Número quase dobra sob gestão de Zema
No fim de 2018, em meses derradeiros da gestão de Fernando Pimentel (PT), o Governo de Minas conseguiu uma liminar no Supremo Tribunal Federal que o desobrigava a pagar as parcelas da dívida com a União sob a prerrogativa de organizar o caixa do estado.
Romeu Zema governou boa parte de seus dois mandatos sob o efeito da decisão. As parcelas da dívida voltaram a ser pagas em outubro de 2024. Durante o período, os juros continuaram sendo aplicados e o estoque da dívida quase dobrou.
Em janeiro de 2019, quando Zema iniciou sua trajetória na Cidade Administrativa, o valor total da dívida era de R$ 114,7 bilhões, segundo a SEF-MG. Considerada apenas a dívida com a União, o valor era de R$ 88,7 bilhões.
Quatro anos depois, na largada de seu segundo mandato, a dívida total já havia aumentado quase 38% e chegado a R$ 157 bilhões. A dívida com a União chegou a R$ 126,5 bilhões, um aumento de 42,6%.
Considerando todo o governo Zema, de 2019 até novembro deste ano, o aumento total da dívida foi de 76,3%. Considerando apenas o valor da dívida com a União, o salto foi de pouco mais de 100%, mais que o dobro.
Ao longo da semana, a Itataia publicará uma série de matérias sobre a dívida mineira.