Nunes Marques barra loterias municipais e suspende leis que autorizam bets

O magistrado determinou o encerramento imediato de qualquer operação em andamento

Nunes Marques, do STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Nunes Marques, suspendeu nesta quarta-feira (3) todas as leis municipais que criaram loterias ou autorizaram apostas esportivas no Brasil. A decisão, de caráter liminar, vale para todos os mais de 5.500 municípios do país.

O magistrado determinou o encerramento imediato de qualquer operação em andamento e proibiu prefeituras de iniciar ou retomar atividades relacionadas a jogos e apostas.

Nunes Marques fixou uma multa de R$ 500 mil aos municípios e empresas que continuarem prestando os serviços e de R$ 50 mil aos prefeitos e presidentes das empresas.

A decisão é necessária para que a Corte possa propor uma solução igual a todas as loterias em âmbito nacional, de acordo com o ministro.

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“Cumpre, portanto, suspender a eficácia, até o julgamento de mérito desta arguição, de todos os atos normativos municipais, em todo o País, que criam loterias e autorizam a exploração de quaisquer modalidades e produtos lotéricos e de apostas esportivas”, escreveu Nunes Marques.

Está proibido, portanto: todas as leis municipais que criam loterias ou apostas esportivas; todos os editais e processos de licitação para exploração desses serviços e todas as operações já em funcionamento.

Justificativa

O ministro justifica a decisão afirmando que, somente no ano de 2025, cerca de 55 munícipios de 17 estados diferentes criaram suas loterias com o intuito de explorar as modalidades lotéricas e apostas esportivas e, que, por isso, é necessária uma legislação para regulamentar a atividade no país.

“Há notícias amplamente divulgadas de mais de 80 Municípios que já editaram atos normativos, nos últimos 3 anos, criando loterias, autorizando procedimentos licitatórios e credenciando empresas para operarem em seus território”, complementou o ministro.

Jornalista com trajetória na cobertura dos Três Poderes. Formada pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb), atuou como editora de política nos jornais O Tempo e Poder360. Atualmente, é coordenadora de conteúdo na Itatiaia na capital federal.
Repórter de política em Brasília, com foco na cobertura dos Três Poderes. É formado em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) e atuou por três anos na CNN Brasil, onde integrou a equipe de cobertura política na capital federal. Foi finalista do Prêmio de Jornalismo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) em 2023.

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