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Defesa de Mauro Cid pede ao STF fim de pena por tentativa de golpe

Advogados argumentam que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro já teria cumprido integramente a pena de 2 anos a qual foi condenado

Como delator, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Bolsonaro, foi beneficiado

A defesa do tenente-coronel Mauro Cid voltou a solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (24), a extinção da pena de dois anos imposta ao ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O pedido foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal sobre a tentativa de golpe de estado.

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O militar foi condenado a dois anos de prisão em regime aberto, beneficiado por um acordo de colaboração premiada firmado com a Polícia Federal. A defesa já negou que vá apresentar algum recurso sobre a decisão.

A defesa já havia apresentado pedido semelhante em 11 de setembro, incluindo a devolução do passaporte e de bens apreendidos pela Polícia Federal, mas o ministro Moraes negou o requerimento na época, alegando que a condenação ainda não havia transitado em julgado.

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No novo pedido os advogados que representam Cid pediram a extinção da punição sob a justificativa que ele já cumpriu integralmente a pena. Ainda conforme o pedido, não há justificativa para a manutenção das restrições, como uso da tornozeleira eletrônica e o afastamento das funções no Exército.

“Proferida sentença e já cumprida a pena nela imposta, resta claro que não subsiste qualquer fundamento razoável para a manutenção de cautelares preventivas”, afirmam os advogados Cezar Bitencourt, Vânia Adorno Bitencourt e Jair Alves Pereira, que assinam o pedido.

O STF publicou o acórdão do julgamento da trama golpista na quarta-feira (23), e as defesas de Bolsonaro e outros sete réus têm até segunda-feira (27) para apresentar embargos de declaração.

Supervisor da Rádio Itatiaia em Brasília, atua na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas, já teve passagens como repórter e apresentador por Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor dos prêmios CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio
Repórter de política em Brasília, com foco na cobertura dos Três Poderes. É formado em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) e atuou por três anos na CNN Brasil, onde integrou a equipe de cobertura política na capital federal. Foi finalista do Prêmio de Jornalismo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) em 2023.