O advogado do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), coronel Mauro Cid, Jair Alves Pereira, afirmou
A defesa dos outros sete réus sustenta que, devido a mensagens vazadas na imprensa que sugeriam insatisfação de Cid com o curso do processo, ele teria sido coagido tanto pela Polícia Federal quanto pelo ministro relator do caso, Alexandre de Moraes. O advogado negou as acusações.
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“Foi falado no processo que Cid foi coagido, dizem que ele foi coagido pela PF e depois pelo relator. Acho que precisa ficar muito claro em relação a isso. A suposta coação pela PF das alegações que sustentam o vício de consentimento seria relativo aos vazamentos da revista Veja (...) não é coação”, destaca.
Houve forte defesa do acordo de delação premiada, inclusive sustentando que ela já foi validada pelo Supremo.
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“Não acho que ele tenha resistido, ele falou tudo o que sabia. Entre falar tudo o que sabe e praticar tudo o que viu tem uma diferença muito grande. Eu não posso imaginar que o Cid tenha tentado dar um golpe de Estado quando ele já estava, em Março, nomeado para assumir o Batalhão de Goiânia, com casa alugada e os filhos matriculados no colégio. A vida dele seguia”, disse o advogado, defendendo que o réu não cometeu o crime de golpe de Estado.
“Não é exigível que se pretenda que um colaborador que se expõe dessa maneira, que literalmente perdeu a carreira, se afastou da família, dos amigos, de uma carreira militar, e se exija dele trazer detalhes de uma investigação que não temos acesso, e que por detalhes acabe em uma contradição. Não posso exigir dele, pelo abalo psicológico, por tudo que ele sofreu, a pressão, sendo procurado para mudar de advogado, de tese. É uma coisa que a natureza do ser humano autoria que ele dê uma escorregada, jamais sem comprometer o acordo”, completou.
Advogado pede confirmação da delação premiada
Jair Alves Pereira ainda requisitou durante sua fala que a delação “contribuiu indiscutivelmente para a Ação penal” e pediu sua confirmação. “Cid deu fatos que foram confirmados em juízo, nem todos se confirmaram porque é uma questão de prova. Nem toda prova se confirma. (Paulo) Gonet sugeriu que os beneficios dele fossem alterados, vamos dicordar novamente da acusação. Eu peço a confirmação da colaboração premiada com todos os beneficios ajustados”, declarou.