O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), deputado Alfredo Gaspar (União-AL), afirmou nesta terça-feira (28) que vai apresentar ao colegiado um requerimento pedindo a prisão preventiva do empresário Domingos Sávio de Castro.
Castro prestou depoimento à comissão, mas suas respostas não convenceram os parlamentares. Gaspar declarou que o empresário “deveria estar atrás das grades” e disse que levará a proposta ao plenário da CPMI.
“Esse depoente tinha que estar preso, tinha que estar atrás das grades, não sei por que a manutenção dessa impunidade. Poderia ser preso na CPMI por falso testemunho, mas, como é investigado, não cabe essa medida”, afirmou o deputado.
Gaspar completou dizendo que vai pedir a votação do requerimento no colegiado para, em seguida, encaminhar o pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Domingos Sávio de Castro é apontado como sócio de dois call centers citados em relatórios da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU). Uma das empresas também pertence a Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”, principal articulador do esquema de fraudes.
Segundo as investigações, Castro foi sócio da DM&H Assessoria Empresarial e Corretora de Seguros Ltda., que teria repassado cerca de R$ 2 milhões a Antunes. Ele também é sócio do “Careca” na ACDS Call Center.
Além disso, documentos da CPMI indicam que o empresário seria procurador da Associação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas da Nação (Abapen) e teria recebido R$ 540,5 mil da Associação Brasileira dos Contribuintes do Regime Geral da Previdência Social (Abrasprev).