A privatização da Copasa foi tema do
Palavra Aberta deste sábado (25). O programa da Itataia teve como mote comparar a situação mineira com a paulista, onde já ocorreu a privatização da companhia de saneamento, a Sabesp. Renato Battista, coordenador nacional do
Movimento Brasil Livre (MBL), defende que, com a atuação da iniciativa privada, o estado de São Paulo chegará mais rápido à universalização do fornecimento de água tratada e da coleta de esgoto em comparação com a previsão feita no período em que a empresa era estatal.
“Aqui em São Paulo, a privatização da Sabesp foi uma boa decisão e isso já está sendo mostrado com os números que a gente colheu em pouco mais de um ano. Basicamente, todos os índices ruins da Sabesp pública caíram e vamos ter uma antecipação da universalização do saneamento básico, que seria feito até 2023 como prevê o governo federal e aqui em são paulo será feita em 2029”, argumentou.
A linha de defesa da privatização apresentada por Battista dialoga com o que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo),
argumenta em prol da venda da Copasa. O mineiro defende que, na iniciativa privada, a redução da burocracia para estabelecer novos contratos possibilitará a aceleração do fornecimento dos serviços de saneamento.
De acordo com o coordenador do MBL, em pouco mais de um ano de Sabesp privada foram feitas mais conexões de serviços de água e esgoto em São Paulo do que nos três últimos anos da companhia estatal.
O debate no Palavra Aberta foi feito entre Battista e o
deputado estadual Guilherme Cortez (PSOL-SP). Crítico da privatização, o parlamentar paulista fez críticas ao serviço oferecido pela nova Sabesp e afirmou que os mineiros correm o risco de sofrer das mesmas mazelas no caso de uma
eventual venda da Copasa.