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Centrão sinaliza apoio a Tarcísio, mas resiste a romper com governo Lula

Partidos tentam equilibrar discurso de oposição com manutenção de cargos e influência política

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas defende a anistia para envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023

Partidos do Centrão têm se aproximado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em meio às discussões sobre um projeto de anistia. No grupo, cresce a percepção de que ele pode assumir o papel de principal liderança da direita após a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Apesar da movimentação, líderes de Republicanos, PP e União Brasil demonstram cautela em abandonar o governo Lula (PT). Ministros dessas legendas – Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), André Fufuca (Esporte) e Celso Sabino (Turismo) – trabalham para preservar seus espaços na Esplanada.

Nos bastidores, a estratégia das siglas é manter a retórica de independência sem abrir mão do comando de estatais e cargos regionais, considerados fundamentais para a sobrevivência política.

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Do lado do Planalto, a aposta é prolongar a aliança com parte do Centrão ao menos até o início de 2026, aproveitando-se das divisões internas entre as forças que orbitam a direita.

Aline Pessanha é jornalista, com Pós-graduação em Marketing e Comunicação Integrada pela FACHA - RJ. Possui passagem pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação, como repórter de TV e de rádio, além de ter sido repórter na Inter TV, afiliada da Rede Globo.