Na primeira coletiva oficial da recém-criada Federação União Progressista, o presidente Antonio Rueda anunciou nesta terça-feira (2) que todos os detentores de mandato ligados ao PP e ao União Brasil terão de deixar funções que ocupam no governo federal. A decisão, segundo ele, passa a valer imediatamente.
“Informamos a todos os detentores de mandato que devem renunciar a qualquer função no governo federal. Em caso de descumprimento, haverá afastamento em ato contínuo. Se a permanência persistir, serão aplicadas punições disciplinares previstas no Estatuto”, declarou Rueda, ao lado do co-presidente Ciro Nogueira e de lideranças das bancadas, como Teresa Cristina, Luizinho e Pedro Lucas.
A coletiva consolidou a decisão tomada mais cedo pelas cúpulas das legendas, após reuniões com dirigentes do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, que também defende o afastamento dos partidos da base governista e a aprovação de projetos em defesa da anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro.
O deputado federal Julio Ferraz Arcoverde comentou com jornalistas que o anúncio ainda não foi feito para todos os parlamentares, mas garantiu que os ministros já estão cientes da atitude que devem ter e que a partir de agora, quem não sair dos cargos, sofrerá as sanções. Sobre a votação da anistia ampla, o deputado disse ainda que primeiro a Federação vai aguardar o término do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro para dar andamento ao processo de escolha do relator da PEC.
Nota oficial da Federação União Progressista
Comunicado da Federação União Progressista
Informamos a todos os detentores de mandato que devem renunciar a qualquer função que ocupem no governo federal. Em caso de descumprimento desta determinação, se dirigentes desta Federação em seus estados, haverá o afastamento em ato contínuo. Se a permanência persistir, serão adotadas as punições disciplinares previstas no Estatuto. Esta decisão representa um gesto de clareza e de coerência. É isso que o povo brasileiro e os eleitores exigem de seus representantes.
Brasília, 02 de setembro de 2025