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Carlos Bolsonaro fala em ‘tortura’ com o pai e critica medidas do STF

Vereador diz que Jair Bolsonaro vive sob vigilância inédita no Brasil e cobra revogação imediata das cautelares impostas pelo STF

Carlos Bolsonaro critica medidas do STF contra o ex-presidente Jair Bolsonaro

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) voltou a criticar as medidas impostas ao pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, no inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). Em publicação neste domingo (28), Carlos disse que o ex-chefe do Executivo vive sob restrições inéditas no país.

“O presidente Jair Bolsonaro, o maior líder político do país, segue banido das redes sociais, com tornozeleira eletrônica, preso, incomunicável, vigiado diariamente na porta de sua casa, com carros revistados ao entrar e sair de sua residência, monitorado como jamais visto na história do Brasil”, afirmou.

Carlos Bolsonaro também criticou a manutenção das medidas judiciais. “Essas absurdas cautelares já deveriam ter sido revogadas de ofício. A defesa protocolou o pedido, mas após mais de 96 horas o relator segue em silêncio e, como de costume, descumpre o que determina a lei, assim como a OAB e todos os que querem sua alma!”, declarou.

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O parlamentar encerrou a manifestação com um apelo em letras maiúsculas: “PAREM A TORTURA, PELO AMOR DE DEUS!”.

Em nova publicação, Carlos Bolsonaro também atacou o discurso pela chamada “união da direita”, que segundo ele serviria apenas como submissão ao governo de Lula. “Mais uma vez surge o discurso: o grande adversário num regime de exceção seria o Lula. Claro – cá estamos, com o convite à união: entreguem tudo e esperem receber em troca apenas escravidão e aniquilação. Cinismo puro”, afirmou.

“O dogma da união serve, antes, aos interesses escusos de quem o proclama”, acrescentou. Para o vereador, defender a união política seria “uma submissão dócil ao projeto de poder, disfarçada de pacificação”.

Carlos concluiu pedindo a libertação do ex-presidente e de apoiadores. “Libertem Jair Bolsonaro e os milhares de presos políticos para que voltem a chamar isso aqui de democracia, pois frente aos fatos qualquer um sabe que não é, e fingir normalidade diante do atual cenário nacional é simplesmente oportunismo permitido”, disse.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou no último dia 11, o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão em regime fechado. A pena foi definida após o colegiado entrar na fase de fase da dosimetria das penas depois da condenação dos oito réus da trama golpista. Por 4 votos a 1, o colegiado condenou os acusados pelos crimes de crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Aline Pessanha é jornalista, com Pós-graduação em Marketing e Comunicação Integrada pela FACHA - RJ. Possui passagem pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação, como repórter de TV e de rádio, além de ter sido repórter na Inter TV, afiliada da Rede Globo.