Ouvindo...

Câmara aprova MP que cria novas regras para o setor elétrico

Texto segue para o Senado e precisa ser votado até 7 de novembro para não perder a validade

Plenário da Câmra dos deputados

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (30) a Medida Provisória (MP) que altera regras do setor elétrico e estabelece um teto de gastos para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).

A CDE é paga por todos os consumidores, principalmente residenciais e pequenos comércios, a taxa é embutida na conta de luz. O fundo é responsável por financiar programas como Tarifa Social, Luz para Todos e incentivos a energias renováveis.

Nesta quinta pela manhã a comissão mista do Congresso Nacional já havia aprovado o texto, que agora segue para o plenário do Senado, após a aprovação da Câmara.

Leia também

A votação na Câmara foi simbólica e rápida, sem registro nominal dos votos.

A expectativa é de que os senadores votem ainda nesta quinta-feira. A medida precisa ser aprovada até 7 de novembro para não perder a validade.

O texto estabelece um teto para os gastos da CDE, que deve alcançar cerca de R$ 50 bilhões em 2025. No entanto, cerca de 50% dos subsídios pagos na conta de luz, ou R$ 25,96 bilhões, ficarão fora do limite, incluindo recursos para irrigação rural.

O texto também cria mecanismos adicionais para reduzir encargos pagos pelos consumidores. Entre eles, 100% da receita das outorgas de concessão de hidrelétricas será destinada à CDE nos próximos sete anos, garantindo aporte superior a R$ 15 bilhões para compensar parte dos subsídios.

Além disso, sistemas de armazenamento de energia (BESS) receberão isenções fiscais de IPI, PIS/Cofins e importação, incentivando novas tecnologias e redução de desperdício de energia.

Abertura do mercado

Outra novidade é a liberalização do mercado de energia elétrica, permitindo que todos os consumidores - residenciais, comerciais e industriais - possam escolher de quem comprar eletricidade.

Atualmente, essa opção está restrita a grandes empresas. O processo será gradual, com previsão de conclusão entre 2028 e 2029, após regulamentação da Aneel e do Ministério de Minas e Energia. A expectativa é que a concorrência no setor possa reduzir o preço da energia no longo prazo.

Repórter de política em Brasília, com foco na cobertura dos Três Poderes. É formado em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) e atuou por três anos na CNN Brasil, onde integrou a equipe de cobertura política na capital federal. Foi finalista do Prêmio de Jornalismo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) em 2023.
Supervisor da Rádio Itatiaia em Brasília, atua na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas, já teve passagens como repórter e apresentador por Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor dos prêmios CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio