O processo de licitação das rodovias do Vetor Norte de Belo Horizonte, que prevê a cobrança de pedágio em 124 quilômetros de vias da região metropolitana, inclusive no trecho que liga a capital a Confins, será discutido em uma mesa de negociação do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Será que vai haver acordo entre o governo Zema e deputados da oposição para a instalação de pedágio nessas vias?
Os deputados de oposição denunciaram ao tribunal irregularidades no processo de concessão das rodovias, entre as quais, a falta de escuta da população e a falta de garantia de que os pedágios não vão alcançar custos excessivos para os usuários. Do outro lado da mesa de negociação vão se sentar representantes do governo Zema, que defende a concessão considerando que estão previstos investimentos de R$ 2,73 bilhões em 30 anos. O governo alega que o pedágio será um dos menores do estado, com a previsão de descontos para usuários frequentes.
O Governo de Minas já chega em desvantagem nesta negociação. Quando o tribunal suspendeu a licitação em abril, o Estado tensionou a relação, argumentando na Justiça Estadual que o acompanhamento do processo de concessão não seria competência do Tribunal de Contas do Estado. Mas o governo de Minas perdeu. E nesta terça-feira, em entrevista coletiva, o vice-governador Mateus Simões voltou a reclamar das decisões do tribunal.
O Estado volta agora para a mesma mesa em que já poderia ter se sentado há mais tempo.
Ao final, o que todos querem saber: como vai ficar o bolso do usuário, a parte mais sensível do corpo humano? Qual é a sua expectativa?
