O anúncio feito nessa quarta-feira (24) do governo do estado, que informou o
Interlocutores ligados ao Executivo indicaram que o projeto de iniciar navegações de turismo na Lagoa nasceu na prefeitura, e chegou a ser anunciado pelo prefeito da capital, Álvaro Damião (União), em maio deste ano.
Chegou-se a ser dito que, independentemente da tentativa de antecipação do anúncio do governo, o primeiro projeto de embarcações na Lagoa será implementado pela prefeitura, que deve trabalhar em duas possibilidades: a compra de uma embarcação de turismo, ou abertura de chamamento para algum prestador de serviço interessado.
Em nota oficial, enviada ainda na quarta, a prefeitura disse oficialmente que meses antes do anúncio feito pelo vice-governador, Mateus Simões (Novo), estudos da prefeitura já tinham começado para permitir a navegabilidade, e um grupo de trabalho para regulamentação da prática já existe desde então.
Relembrou também que já foi realizada uma visita técnica de representantes da Capitania dos Portos Fluviais de Minas Gerais, órgão da Marinha do Brasil, para avaliar as condições de navegabilidade e discutir diretrizes para a retomada da navegação turística e das atividades náuticas no local. Tudo isso articulado pela prefeitura.
Na nota, finalizou dizendo que quando haver for concluída a regulamentação de navegabilidade na Lagoa da Pampulha, o processo de implementação de barcos de turismo será conduzido pela administração municipal.
Vereador do Novo discorda de vice-governador
Apontado como um dos principais críticos em relação à limpeza da Lagoa da Pampulha, e ex-relator de duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) que tramitaram entre 2023 e 2024 na Câmara Municipal de Belo Horizonte, o vereador Bráulio Lara (Novo) não concorda com a afirmação feita pelo vice-governador do estado, Mateus Simões, do mesmo partido.
O gestor anunciou ontem níveis satisfatórios de limpeza da Lagoa da Pampulha, e investimento junto à Copasa para implantação de um barco de turismo entre o final do ano e início do ano que vem no local.
Entrevistado pela Itatiaia, o vereador argumentou que se houvesse boa limpeza da Lagoa, não haveria operações que apuram suspeitas sobre os contratos relacionados ao corpo d’água, e considera que faltou informação junto ao governo do estado.
“Se a água da Pampulha estivesse boa, não teria polícia federal batendo na porta da prefeitura, da diretoria de águas urbanas, vendo diretores e servidores que foram afastados do cargo e tudo isso já vinha sendo noticiado porque nós na CPI mostramos esse grande esquema que existe na lagoa da Pampulha. É uma pena talvez que o governo não tenha se informado de todos esses pontos e eu acho que neste momento a prioridade não é navegar na Pampulha, mas sim garantir a qualidade da água”, afirmou.