Após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro será submetido nesta quarta-feira (17) a uma perícia médica oficial da Polícia Federal. O exame será realizado na Superintendência da PF em Brasília, onde o ex-mandatário cumpre pena, e tem como objetivo avaliar a
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A avaliação ficará a cargo de peritos do Instituto Nacional de Criminalística, que vão analisar exames já apresentados e realizar exame clínico em Bolsonaro. O resultado servirá de base para uma decisão de Moraes sobre pedidos apresentados pelos advogados, entre eles a realização imediata de procedimento cirúrgico e a concessão de prisão domiciliar.
A defesa afirma que Bolsonaro tem uma hérnia inguinal - condição em que parte do intestino ou do tecido abdominal se projeta por um ponto fragilizado da parede muscular. Na segunda-feira (15), os advogados reiteraram ao STF que a cirurgia seria urgente e juntaram aos autos o resultado de uma ultrassonografia feita nas dependências da PF, com autorização judicial.
Moraes havia liberado a realização do exame no último dia 12. A ultrassonografia foi feita em 14 de dezembro e o laudo, anexado ao processo no dia seguinte. Agora, a documentação será submetida à análise técnica da PF, que deverá apresentar parecer conclusivo ainda nesta quarta.
Segundo o ministro, após a entrega do laudo pericial, o processo será imediatamente concluso para decisão.
Bolsonaro preso
Bolsonaro está preso desde 22 de novembro, por ordem de Moraes, após a Corte identificar uma tentativa de violação da tornozeleira eletrônica. O ex-presidente admitiu ter usado um ferro de solda para danificar o equipamento, episódio que atribuiu a uma “alucinação” e a uma “paranoia” de que estaria sendo monitorado.
Dias depois, o STF determinou o trânsito em julgado da condenação, encerrando a fase de recursos. Com isso, Bolsonaro passou a cumprir pena de 27 anos e três meses de prisão, imposta pela Corte por crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
