O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quarta-feira (17) que termina o ano em um cenário “amplamente favorável”, mas sem que isso influencie as pesquisas. A declaração foi dada durante a abertura da última reunião ministerial do ano, na Residência Oficial da Granja do Torto, em Brasília.
“E assim nós conseguimos terminar o ano numa situação amplamente favorável, embora isso não apareça com a força que deveria aparecer nas pesquisas de opinião pública. Não aparece porque existe uma polarização no país”, afirmou o petista.
Lula comparou a situação política do país à de rivais históricos do futebol, como Cruzeiro e Atlético Mineiro, em que não é possível mudar de posição.
“Tem uma rivalidade em que ninguém muda de posição, não sei, a não ser em momentos extremos. E esses momentos extremos são as eleições que se aproximam no ano que vem. No ano que vem, as pessoas terão a oportunidade de escolher que tipo de país elas vão querer”, declarou.
De olho em 2026
A fala do presidente ocorre após a divulgação da pesquisa Genial/Quaest, que mostrou um quadro de estabilidade e polarização na avaliação do governo. Segundo o levantamento, 49% dos brasileiros desaprovam a gestão Lula, enquanto 48% a aprovam, configurando um empate técnico dentro da margem de erro.
A pesquisa também aponta que 34% avaliam o governo como positivo, percentual que subiu em relação a novembro, quando era de 31%, enquanto a avaliação negativa permaneceu estável em 38%. No cenário eleitoral, Lula aparece na liderança das intenções de voto para 2026, com 39%, à frente do senador Flávio Bolsonaro, com 23%, reforçando o ambiente de divisão citado pelo presidente.