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Apesar de rompimento do União Brasil, Álvaro Damião quer manter relação com governo Lula

Prefeito de BH afirmou que espera manter relação republicana com Palácio do Planalto e ressaltou que a capital mineira depende do governo federal para destravar obras de infraestrutura

Presidente Lula visitou BH no início do mês para anunciar novo programa social

O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União), afirmou neste sábado (20) que a relação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não está ligada a questões partidárias, mas aos interesses da capital mineira.

Partido do prefeito, o União Brasil anunciou nesta semana o desembarque do governo Lula e divulgou uma nota com duras críticas ao governo petista. A sigla determinou que todos seus filiados deixem cargos no governo federal.

Álvaro Damião avaliou que a decisão do partido não interfere na relação republicana construída com o Palácio do Planalto e que a cidade depende de repasses federais para garantir obras em infraestrutura, como a ampliação do metrô.

“Minha relação com o presidente Lula é republicana, assim como tenho relação com o Zema. Sou prefeito de BH e tenho que ter relação com todos eles. Não é relação partidária, é relação com o governador e com presidente da República, independente do partido. BH sofreu muito nos últimos anos por fazer diferente, o que acontecia? O governador não conversa com o prefeito, o prefeito não conversa com o presidente, o presidente não conversa com o governador. E cadê o metrô chegando até sua casa? Não tem. Cadê o ônibus de qualidade? Não tem. Então agora vai ter, porque o prefeito conversa com o presidente da República”, afirmou Damião.

Títulos de propriedade

O prefeito participou neste sábado (2) da entrega de 566 títulos de propriedade a famílias do Conjunto Novo Aarão Reis. “A importância desta ação é a pessoa poder falar que é seu, uma conquista sua, seu direito, isso é uma das coisas mais importantes da vida. Eu sei o que é uma avó chamar o neto e falar: ‘Agora é nosso’. Se ela quiser vender amanhã, pode. Se quiser trocar, pode”, disse Damião.

“O lote é deles, a casa é deles, é de direito ter o documento mostrando isso. Vamos fazer isso em outras vilas e bairros também. Nós vamos fazer isso em toda cidade, atendendo, na maioria das vezes, as pessoas mais simples e mais pobres”, finalizou.

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Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.