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ANTT trabalha para implementar mais pedágios ‘free flow’ em Minas, diz diretor-geral

A fala aconteceu em entrevista à Itatiaia após a participação em um painel sobre concessões na Infrabusiness Expo 2025

Diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Guilherme Rocha Sampaio

O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Guilherme Rocha Sampaio, afirmou que o cumprimento dos contratos de concessão assinados pelas empresas que agora são responsáveis pelas rodovias BR-381 e BR-040, está dentro do cronograma, e que o processo está sendo melhor que o esperado. A fala aconteceu em entrevista à Itatiaia após a participação em um painel sobre concessões na Infrabusiness Expo 2025, que é realizada em Belo Horizonte.

“A realidade ela está melhor do que nós esperávamos, nós temos o cumprimento integral dentro do cronograma de obras, aquilo previsto no contrato e algumas delas inclusive antecipando as suas obrigações. Cito aqui dois exemplos, o caso da Nova 381, quem passa pela rodovia já sente e visualiza as mudanças que estão sendo feitas, e também a própria BR-040, na Via Cristais, é um exemplo disso. Estão sendo antecipados cronogramas e investimentos ali. Paralelo a isso, nós temos a própria Via Mineira (EPR Via Mineira responsável pela BR-040), que agora em agosto finaliza seu primeiro ano e já há uma transformação nítida, questão de finalização, de pavimento e em breve nós iniciaremos em breve as grandes obras e obras transformadoras”, disse à reportagem.

Guilherme citou como exemplo a ação rápida para sanar o deslizamento de terra na BR-381 na cidade de Antônio Dias, no Vale do Aço, no final do mês passado, após movimentações de um talude. A concessionária chegou a interditar a rodovia, mas em questão de poucos dias a situação já tinha sido resolvida.

Incentivo a pedágios “free flow”

Ainda segundo o diretor-geral da ANTT, a agência trabalha para viabilizar a adoção dos pedágios “free flow”, quando há cobrança automática através de dispositivo eletrônico afixado no veículo, sem necessidade de filas ou paradas.

“Algumas concessões um pouco mais antigas foram, nos casos de reabilitação e troca, como o caso da 040, como todo, tem praças já existentes, e que elas (praças de pedágio) continuam. Mas, nós já temos buscado que novas praças não sejam mais as praças estáticas, físicas, mas sim os pórticos, é o caso por exemplo da BR-262, na região de Uberaba. Então, em vez de implementação de praças físicas serão os próprios pórticos. E a curto e médio prazo tem essa substituição, que é justamente você ter uma melhor experiência do usuário, possibilitar que realmente haja um menor preço. Uma praça de pedágio custa quatro vezes mais do que um pórtico. Isso vai permitir você reduzir tarifas, fazer novos investimentos e também poder no futuro, não muito distante, começar a cobrar pelo quilômetro rodado. Ou seja, tem investimentos, serviços e realmente tarifas cada dia mais compatíveis e justas de acordo com a utilização da rodovia”, afirmou.

Como funciona um pórtico free flow?

O pedágio free flow é um sistema de cobrança automática que elimina a necessidade de parar o veículo em praças de pedágio. A cobrança é feita através de pórticos com sensores e câmeras que identificam o veículo, seja por meio da placa ou de uma tag de pedágio, e debitam o valor da tarifa, em geral no cartão de crédito.

Atualmente, a maioria das praças de pedágio já possuem a cobrança automática em uma das faixas, mas maior parte do espaço é destinado para o pagamento convencional, o que costuma gerar filas. O sistema convencional também é mais arriscado, pois há maior risco de assalto, tendo em vista que é preciso parar e abrir o vidro do veículo, em geral, em regiões pouco iluminadas e afastadas do perímetro urbano.

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Jornalista graduado pela PUC Minas; atua como apresentador, repórter e produtor na Rádio Itatiaia em Belo Horizonte desde 2019; repórter setorista da Câmara Municipal de Belo Horizonte.