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Alcolumbre articula projeto alternativo de anistia para 8 de Janeiro

Texto em construção reduz penas de condenados, mas exclui benefício a Jair Bolsonaro

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP)

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), trabalha nos bastidores para apresentar uma alternativa ao debate sobre anistia aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro. A estratégia busca frear a pressão por uma proposta ampla, que poderia alcançar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O que está em jogo

  • Proposta em elaboração: prevê um novo cálculo das penas aplicadas aos envolvidos nos ataques de Brasília, unificando os crimes de tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado democrático de direito.
  • Efeito prático: a mudança reduziria o tempo de prisão de diversos condenados, permitindo a progressão para regimes mais brandos, como semiaberto ou aberto.
  • Exclusão de Bolsonaro: o texto não abrange eventual condenação do ex-presidente no STF, o que dificulta apoio integral da base bolsonarista.
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Reação política

  • Oposição: aliados de Bolsonaro resistem à articulação, cobrando anistia ampla e irrestrita.
  • Palácio do Planalto: avaliação é de que a Câmara tende a aprovar uma proposta mais radical, e apenas o Senado teria condições de impor limites.
  • Estratégia de Alcolumbre: criar um debate alternativo, reduzindo penas sem abrir caminho para a reabilitação política de Bolsonaro.

A iniciativa de Alcolumbre, ainda em fase de construção, deve enfrentar forte resistência, mas pode reconfigurar o rumo da discussão sobre anistia no Congresso.

Aline Pessanha é jornalista, com Pós-graduação em Marketing e Comunicação Integrada pela FACHA - RJ. Possui passagem pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação, como repórter de TV e de rádio, além de ter sido repórter na Inter TV, afiliada da Rede Globo.