O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou nesta segunda-feira (9) sua visita oficial à França com uma agenda voltada à segurança internacional. Em Lyon, Lula esteve na sede da Interpol - a maior organização policial do mundo - onde defendeu o fortalecimento da cooperação global no combate ao crime organizado e à criminalidade transnacional.
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Durante o encontro, Lula alertou para o avanço da criminalidade além das fronteiras, impulsionado pelo uso da tecnologia. “O crime está evoluindo muito rápido. Uma das consequências perversas da globalização é a articulação de grupos criminosos que atuam para além das fronteiras nacionais. Precisamos de ações multilaterais urgentes e coordenadas”, afirmou o presidente.
Lula foi recebido por Valdecy Urquiza, delegado da Polícia Federal brasileira e atual secretário-geral interino da Interpol -
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Na ocasião, o governo brasileiro assinou, por meio do Itamaraty, uma Declaração de Intenções com a Interpol, estabelecendo diretrizes para ampliar a cooperação internacional em segurança pública. O documento prevê:
- Reforço à cooperação para enfrentar o crime organizado
- Desarticulação de redes criminosas transnacionais
- Apoio à modernização tecnológica e institucional das forças de segurança na América Latina
- Promoção dos direitos humanos e proteção de grupos vulneráveis na atuação policial.
Lula também destacou ações que o Brasil já vem adotando nessa área. Ele citou, por exemplo, a criação do Centro de Cooperação Internacional da Amazônia, que reúne autoridades de nove países que compartilham o bioma amazônico, e iniciativas de repressão ao garimpo ilegal e ao tráfico de pessoas, armas e drogas na Tríplice Fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai.
“Fortalecer a segurança pública também significa proteger a natureza”, afirmou Lula, ao lembrar que, no ano passado, a Polícia Federal brasileira apreendeu mais de 250 milhões de dólares em bens ligados a crimes ambientais e inutilizou cerca de 60 milhões de dólares em equipamentos usados por garimpos ilegais.
‘Au revoir’
A visita à sede da Interpol encerrou uma