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Zambelli na lista da Interpol: deputada pode ser presa no exterior? Entenda

Carla Zambelli teve o nome incluído na lista de difusão vermelha da Interpol a pedido da Polícia Federal (PF) atendendo ao ministro Alexandre de Moraes, do STF

Carla Zambelli (PL), deputada federal eleita por São Paulo.

A Interpol incluiu o nome da deputada Carla Zambelli (PL-SP) na lista da difusão vermelha nesta quinta-feira (5), a pedido da Polícia Federal (PF) atendendo ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Zambelli saiu do Brasil após a condenação da Primeira Turma do Supremo por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela inserção de documentos falsos, incluindo um mandado de prisão falso contra Moraes no Banco Nacional de Mandados de Prisão. Nos Estados Unidos, em entrevista para a CNN Brasil, a deputada chegou a dizer que iria para Itália, já que possui cidadania italiana, e que no exterior ela estaria “intocável” pela Justiça brasileira.

O que acontece agora?

Com o nome da parlamentar incluído na lista de difusão vermelha da Interpol, ela passa a ser considerada foragida.

A Interpol então compartilha o pedido de prisão, que veio do Brasil, para todos os países que fazem parte do sistema.

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Quando um nome é incluído, os dados pessoais, a fotografia e o mandado de prisão passam a ser compartilhados com autoridades internacionais.

Com a medida, Zambelli não poderia, por exemplo, embarcar dos EUA para a Itália, mesmo com a cidadania italiana, podendo ser presa no aeroporto.

O que é a Interpol?

A Interpol é uma Organização Internacional de Polícia Criminal que tem como objetivo auxiliar as políticas de países membros do sistema -- atualmente são 196 países.

Todos eles podem compartilhar e acessar dados sobre crimes, criminosos e foragidos.

Jornalista pela UFMG com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia desde 2022, atuou na produção de programas, na reportagem na Central de Trânsito e, atualmente, faz parte da editoria de Política.