A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo (PT), explica que o Governo Lula irá apresentar opções para cerca de 500 famílias que serão impactadas pelas
“Temos algumas opções do governo federal, tem a compra assistida, tem a possibilidade de a pessoa ser incorporada no programa Minha Casa, Minha Vida, mas o fundamental é a escuta”, afirma a ministra.
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À época, a Itatiaia ouviu de interlocutores que a iniciativa privada não estava interessada no trecho por conta da complexidade do processo de desapropriação das famílias às margens da rodovia, principalmente na saída da capital mineira.
Na passagem por Belo Horizonte, o Ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), responsável por coordenar duplicação, afirmou que o Ministério dos Direitos Humanos terá papel importante no processo de retirada das famílias.
Macaé Evaristo reconheceu que o processo é complexo. “Pude acompanhar como vereadora em BH, depois na ALMG, mas é um passo importante. No ministério, temos preocupação com grandes obras, (a desapropriação) tem que ser feita respeitando os direitos humanos. São processos complexos que entram em questão o patrimônio das pessoas, que muitas vezes nessas áreas de beiras de estradas ou rodovias, não têm toda movimentação e é preciso a gente pensar na forma de realocar”, pontua Macaé.
A ministra disse que a negociação irá demandar “tempo e habilidade” para que o respeito à dignidade das pessoas que vivem nas áreas de desapropriação seja garantido. “Parece que nesse trecho da BR-381 é mais complexo, não é só moradia, tem empresas, tem negócios, vai demandar um pouco mais de tempo e habilidade no processo de negociação. O que a gente quer é acompanhar para que se tenha um processo tranquilo de transição e que o respeito à dignidade das pessoas seja garantido”, finaliza.
Em agenda em Belo Horizonte, o Lula garantiu R$ 1 bilhão para obras neste trecho. Questionado pela Itatiaia, o Ministério Renan Filho garantiu que o recurso está garantido. De acordo com ele, os valores serão utilizados para duplicação do trecho de Caeté até Belo Horizonte e também haverá “um recurso considerável” para “realocar as famílias para que a estrada possa ser reconstruída”.
O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União), colocou a Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel) à disposição do governo federal para colaborar no processo de desapropriação e urbanização da área impactada, que inclui comunidades que cresceram, em alguns locais, a menos de três metros da pista de rolamento da BR-381.
“Essas parcerias que são feitas entre governo federal, estado, município, são sempre bem vindas. Vamos abrir todas as portas da prefeitura, estender tapete vermelho para o governo federal, para que a gente possa resolver o problema das pessoas que moram por ali”, conclui o prefeito.
